A força do acreditar quando apontada a um alvo
pré-concebido redonda em vitória mental. Importante se aplicada no sentido
positivo que dignifique a espécie humana, mas se pelo contrário tem em vista
denegrir o comportamento normal da criatura mais vale não existir. A boa fé é
uma virtude que deve ser respeitada e de louvar no ser humano, mas como alguém
muito santo ensinou é nosso dever “ser anjo, mas não anjinho”. E no entanto o
que mais se vê no nosso dia a dia são anjinhos em vez de anjos. Vem a propósito
do que a respeito da honestidade do ex-primeiro ministro José Sócrates se tem
dito. Para muitos que foram, ou são ainda, seus admiradores, mantêm a dúvida e
não se convencem que o homem fosse capaz de cometer os crimes de que é acusado.
Alegando que foi mais uma vítima duma injustiça que a própria Justiça cometeu.
O homem é sério, dizem os seus…Para estes, o desonesto é o Juiz Carlos
Alexandre, que meteu na prisão um ex-primeiro-ministro, além de mais alguns dos
seus comparsas. Será que agora acusado formalmente com 31 crimes na Operação
Marquês, a boa fé dos seus simpatizantes ainda persiste? Não devemos desejar
mal a ninguém, mas que merece ser reprovado e condenado quem na política se
serve dos cargos para enriquecer à custa dos seus concidadãos é lógico que sim.
E o certo é que o MP deu como provada a relação com Carlos Santos Silva e os
benefícios ao grupo Lena com os quais Sócrates terá “ganho” 24 milhões de
euros. Mas não é só ele, na mesma fornada estão incluídos 28 arguidos, 19
pessoas singulares e 9 coletivas. Se fosse só um bem nós estávamos.
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