quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Pedro Passos Coelho, um politico singular


Há longas décadas que o PSD (e os seus líderes de época) tem sido sujeito a circunstâncias que o pretendem destruído. A congeminação de “jornalistas”, “intelectuais”, aburguesados, nababos, corruptos, afins e certos “barões" e baronetes do Partido, nesta sociedade terceiro-mundista (e CORRUPTA), há muito que se entendem neste processo escabroso, desde os cercos de Soares ou das conjuras do General, às patifarias que fizeram a Santana.
A pesada herança dos tempos da Troika, pelo observado, num país com uma das Administrações Públicas mais corruptas (ao nível dos dirigentes), que faz lembrar o funcionário corrupto do livro de Nikolai Gógol (Almas Mortas), culminaria na desagregação (ou fragmentação) do Partido, não fosse o PSD o Partido que é.
O seu mais recente líder, Passos Coelho, recebeu dos socialistas uma herança pesada, com o país falido tecnicamente. Que em 2011 era chacota em toda a Europa como sendo um país caloteiro. Não havia emigrante português que não tivesse a cara coberta de vergonha quando ouvia falar da sua Nação!
Mesmo sabendo disso, a coligação de malfeitores não desarmou, e mesmo no domínio privado, Pedro Passos Coelho só seria ultrapassado em termos de achincalhamento por Francisco Sá Carneiro. A memória é curta e se na algibeira tilintarem mais uns tostões, mais encurta. Sá Carneiro foi achincalhado por se ter apaixonado por uma sueca (já se não lembram?), e Passos, com a doença da esposa!
Os burgessos do achincalhamento, com aquele cerebrozinho de galinha, chegaram a ironizar com a bandeira da lapela! Ainda ontem num editorial de um jornal nacional, o energúmeno do redactor lhe faz referência!
Mas vamos a factos. O governo de Pedro Passos Coelho salvou o país da falência técnica para onde os socialistas o haviam mandado com os desmandos de Sócrates (e daqueles que hoje fazem parte da governação de Costa). Pagou 75 biliões de divida aos credores!
Ao segundo ano de governação começaram a ouvir-se as vozes sobre o empobrecimento do país. E como não, se o governo estava sujeito a um roteiro rigoroso dos credores? Alguns “barões” e baronetes que haviam apoiado a sua eleição, abandonaram o barco quando foi da crise do “irrevogável” e quando se tiveram que tomar medidas de grande dureza (lembram-se de Ângelo, que agora fala do resultado notável de 2015?). Nessa crise, os juros da divida subiram 7 biliões em três dias (lembram-se?). Tivesse Pedro Passos Coelho abandonado o barco, como muitos pediram, não tivesse nervo de aço transmontano e hoje estaríamos como na Grécia! E o não a Ricardo Salgado? foi preciso uma enorme coragem!
E a partir daí, foi o que se viu, com a gajada dos grupelhos esquerdistas – Bloco, Livre e afins (comentadores antigos assessores de Sócrates, e por aí adiante). Curioso, nos órgãos de comunicação, dominados a 90% por essa gente, davam mais importância ao líder de um desses grupelhos que representava em número o conjunto de espectadores de um estádio de futebol, do que ao líder do partido que governava o país! E o mesmo sucedeu nestes dois últimos anos, com Passos já na oposição, mas líder do partido mais votado em 2015!
E o que mais choca à decência é que a percentagem de aldrabice sobre o Partido e sobre o líder era elevada. Anote-se o caso de Pacheco Pereira, cujo besunto em nada se compara com um simples cabelo de Passos Coelho no que respeita a carácter, dignidade e grandeza. Ainda ontem no pasquim onde vomita a sua verborreia, acusava a governação de Pedro com aldrabices incomensuráveis, sobretudo no que dizia respeito aos pobres. Qualquer individuo de bom senso (e verdadeiro) sabe que Pedro, naquele turbulento período da Troika procurou “tirar” mais aos ricos para poder “tirar” menos (ou pouco) aos pobres.
Toda esta gente se uniu para dar cabo do PSD e do seu líder, tendo o descaramento de apontarem para a demissão de Pedro na noite dos resultados eleitorais (2017), quando o não fizeram para Costa (que perdeu as eleições e nunca teria organizado governo se não fosse a boca de Jerónimo de Sousa – pela qual deve estar bem arrependido) em 2015!
Esta reflexão era para ser detalhada com maior profundidade, mas dado que Pedro Passos Coelho decidiu não ser candidato a líder do Partido, ficamos por aqui. Os argumentos que apresentou em Congresso são legítimos e verdadeiramente justificadosMais, Pedro tem razão no que diz. A governança de Costa não passa de conversa fiada. E o Diabo anda mesmo por aí (ao sr. do grupelho do Livre). Ainda ontem a dívida publica subiu para 250 biliões! Mas o que interessa para já, antes do desastre, é o já, o agora!
Pedro foi humilde, elegante e magnânimo. O País há-de fazer-lhe justiça, mais cedo do que tarde, porque a História já a fez.

Actualizado a 7 de Outubro de XVII e a 13 do mesmo

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