quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Do adeus de Helena Garrido à aritmética de Villaverde Cabral



O adeus de Passos Coelho

Helena Garrido - OBSERVADOR

A história fará justiça a Pedro Passos Coelho. Neste momento ninguém quer saber do futuro e muito menos do passado. Só o presente conta e tem de ser feliz.

Vivemos numa embriaguez pós-crise que pode sair-nos cara mas que parece impossível de evitar. Quem estiver sóbrio será sempre acusado dos mais variados defeitos. São assim as euforias, tal e qual como nos mercados financeiros, enquanto a música estiver a tocar todos terão que dançar.


Um exercício aritmético

Manuel Villaverde Cabral - OBSERVADOR

O que poucos notaram é que os resultados sintéticos das autárquicas de 2013 e de 2017 foram, respectivamente, 50,2% e 51,5% para a «esquerda» e 34,8% e 34,5% para a «direita». «Derrota catastrófica»?

Há vários anos, antes mesmo de chegar ao governo depois de Sócrates e o PS terem chamado a «troika» para resgatar Portugal da bancarrota a que tinham levado o país (2011), já a ascensão de Pedro Passos Coelho (PPC) à chefia do PSD (2010) provocara a constituição de um numeroso grupo de antigos barões do seu partido que, desde então, o fustigam diariamente com a complacência da comunicação social. Durante o período do resgate, apesar de a economia portuguesa já estar a crescer no final do mandato de PPC (2015), este continuou a ser acossado pelos «senadores» do PSD, ao mesmo tempo que a «esquerda» desencadeou, por sua vez, um ataque cerrado contra ele pessoalmente.


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