sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Azeiteiros e manipuladores


Sempre que coisa grave acontece a esta governança, daquilo que se passou a designar de “Geringonça”, o jornal Público oferece serventia de uma página a Ascenso Simões.
No número de hoje, com destaque, o politico transmontano vomita a verborreia do costume. Sobre a moção de censura ao “governo”, diz-nos com algum sarcasmo (ou nostalgia?): “A moção de censura apresentada pela prof.  Assunção Cristas … um ato politico miserável”. E argumenta apenas com a “altura em que o fogo ainda se encontra em rescaldo”, para considerar uma atitude ética, “um ato politico miserável”. O sr. Ascenso entende que a oposição, perante uma tragédia humana destas proporções, onde o Estado falha duplamente como nunca, não devia questionar os seus comparsas de “governo”! Faça uma viagem aos países civilizados da Europa e verifique como funcionam as oposições. Depois reflicta e escreva (no jornal Público). Sobre questões de ética do politico Vila-realense estamos conversados.
Mas Ascenso não se ficou por aqui. Uma página inteira, tinha de ser ocupada, nem que fosse com asneiras! E então, num artigo intitulado “Eu acuso” enumera 20 (!) quesitos da sua acusação à prof. Cristas. Com o simples intuito de acusar o governo de Passos Coelho e Portas e sublimar a governação de José Sócrates. Quem vá na conversa de Ascenso, dirá que a “governação” de Sócrates, à qual Ascenso pertenceu, foi uma governação de virtudes!
José Sócrates junto do seu ministro das finanças
 (Teixeira dos Santos), anuncia o resgate de
75 Biliões, em 2011.
Mas Ascenso esquece-se (e isto é que é importante para o país) que em 2011, o governo de Passos e Portas, apanhou um país tecnicamente falido (em BANCARROTA). Um governo que, após tomar posse, apenas tinha dinheiro para pagar aos funcionários até ao mês seguinte. Um governo que tinha o garrote de 75 biliões de divida, promovida por esse governo de “virtudes” - mas que pagou. E Ascenso ainda se esquece que o Primeiro-ministro desse tal governo de “virtudes” a que pertenceu, foi recentemente acusado pelo Ministério Público, de ter praticado 31 crimes. Que todos nós pagamos com língua de palmo.
Mas para rematar a “poesia de Alcipe” de Ascenso, no mesmo número do Público, chega-nos a prosa de soslaio de David Dinis, em editorial intitulado “Para começar do zero”. Coisa linda! Diz-nos: “Eu sei. Já é doloroso falar de incêndios. Já cansa falar do Governo.”. Bem sabemos que para o sr. Dinis e para os senhores Dinises deste país corrupto, é chato falar das asneiras e das patifarias deste “governo”. Se fosse o de Passos e Portas, não era chato. Era preciso falar sempre. Como se viu. E se fosse preciso inventava-se conversa. O sr. Dinis devia ler os seus colegas estrangeiros; devia aprender com eles o que é uma imprensa livre!
Foi esta imprensa de garrote que contribuiu para que o país fosse à BANCARROTA em 2011!
Com uma imprensa destas, manipuladora e medíocre, e com azeiteiros desta estirpe, nunca mais o país se levanta.

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