Zhu
Xiao-Mei é hoje conhecida como artista ligada à música. Em
1979, com a abertura da China, depois da visita de Isaac Stern, conseguiu
estabelecer-se mos EUA. Em 1985 estabeleceu-se em Paris, actuando em numerosos
concertos. Os seus recitais foram aclamados pela imprensa ocidental depois de
1994. Tem uma grande obra gravada, sobretudo interpretações de Bach, Schumann e
Schubert. Foi professora no Conservatório de Música de Paris.
Porém, o livro que se
apresenta, sob a chancela da Guerra e
Zhu Xiao-Mei, acredita estar uns meses no campo para receber a sua formação revolucionária. Não sabe ainda que será objecto de uma campanha de destruição mental que irá durar cinco anos! |
Paz, publicado há cerca de 10 anos
(passando despercebido em Portugal!), não trata disso. Trata da vida de uma família
de artistas que viveu no tempo do Grande Salto em frente de Mao, em 1960. E até
1968, estima-se que tenham morrido 20 a 30 milhões de chineses, de fome!
Zhu
Xiao-Mei, conta-nos a sua vida passada num campo de reeducação chinês. O campo
4619.Situado em
Zhangiako, para lá foi transportada num vagão, quando tinha sonhos
revolucionários. Depressa os perderia, nos cinco anos que passou no campo de Yaozhanpu.
Cerca de 17 milhões de
chineses, segundo as estimativas actuais, haviam de passar por esses campos de trabalhos
forçados para serem reeducados segundo os princípios revolucionários (e
sanguinários de Mao).
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