Ainda em pré-campanha, e já se detectam as
aldrabices eleitorais da esquerda radical, à qual o PS pertence actualmente,
pois com ela engendrou uma espécie de “governação”.
Ainda esta semana, António Costa,
desavergonhadamente, puxou por duas fantasias, imputando aos sociais democratas
e democratas cristãos, posições que nunca defenderam, fosse no caso do acesso à
universidade, fosse na politica salarial (que sacrifica o Estado Social).
Admite-se uma certa fantasia nestas pré-campanhas. O pior é se as fantasias
passam à aldrabice na campanha!
Já a dona Catarina se estendeu ao comprido com
várias aldrabices de pacotilha. Afirmou a ditosa que a “Geringonça” surgiu para
tirar a direita (é a forma destes privilegiados de esquerda caviar se dirigirem
ao PSD e CDS) do poder. Toda a gente vê essa verdade de La Palice, não é
preciso repeti-la todos os dias. Ou será que era para tirar a esquerda do
poder?
Mas logo de seguida, porque se não contém,
atirou: “para evitar o corte de 600 milhões nas pensões”! Os cortes entre 2011
e 2015 estão mais que explicados. Repetir uma aldrabice não lhe acrescenta
verdade. E a dona Catarina pode sempre verificar o
contrário daquilo que diz, consultando as noticias
da época (antes de Junho de 2011).
Jerónimo de Sousa é mais contido e não faz tanto alarde. Mas acompanhou uma das questões de Catarina. Disse a douta senhora que
esta experiência da “Geringonça” dificilmente se repetirá, e Jerónimo
repetiu-o. Ora isto é que é uma aldrabice a sério. Só quem não conhece os
partidos de esquerda revolucionários – as suas origens ideológicas – é que irá
neste conto do vigário.
Os seus precursores diziam (e aqui com razão),
que só conseguiriam transformar o Mundo se chegassem ao poder. Está nos livros
– de História e de Literatura. Como de facto, em toda a Europa, a esquerda
revolucionária vendeu o pai e a mãe para chegar ao poder! [Apesar de tudo, o
partido comunista português, neste caso, possui particularidades que sempre o
diferenciaram dos outros, embora se tenha mantido leninista/estalinista]. Mas
tanto bolcheviques como mencheviques seguiram a mesma cartilha para atingir o
poder. E neste caso, só o conseguirão aliando-se ao PS. E enquanto isso durar,
durará a “Geringonça”. E isto porque para esta gente o individuo (a LIBERDADE)
não existe. O que interessa é o Partido, o colectivo.
É conhecida a história de Elizaveta Drabkina que não reconheceu o seu pai, o
camarada “Sergei Gusev”, quando o viu no Instituto Smolny, o quartel general
dos bolcheviques, em Outubro de 1917. Porque nestes círculos os bolcheviques
subordinavam os seus interesses pessoais à causa do Partido, numa altura em que
andavam envolvidos na batalha decisiva pela libertação da humanidade. A
história é contada por Orlando Figes e Lenine adorava-a, e pedia a Elizaveta,
frequentemente, que lha recordasse. Essa história adquiriu foros de lenda nos círculos
do Partido.
Actualizado a 14-9-XVII
Actualizado a 14-9-XVII
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