Um dos maiores furos jornalísticos dos últimos anos
pariu um rato e, como é óbvio, ninguém diz nada e todos assobiam para o ar.
Supostamente havia uma lista de jornalistas e políticos envolvidos nos Papéis do Panamá, mas tais figuras nunca saíram da toca. É um pouco
incompreensível, para não dizer muito, que os jornalistas se defendam a si
próprios. Mas quem tem a lista deve saber porque não a divulga...
Estranha é também a pressa
que alguns têm de tentar desmentir as notícias desfavoráveis para o governo,
nem se dando ao cuidado de saber se estão a fazer um dos seus habituais fretes
governamentais. É certo que também os há no que diz respeito à direita, mas
esses têm menos espaço. Na semana passada achei curioso como algumas
alcoviteiras deste governo, como já o foram de outros, tentaram desmentir uma
notícia do i que falava na criação de um focus group para saber da popularidade
do governo depois dos incêndios de Pedrógão Grande e Góis.
O estudo encomendado chegou à
conclusão de que o executivo continuava a gozar de grande aceitação mas, ao
contrário do que o i escreveu, não foi pedido pelo governo, mas sim pelo PS.
Extraordinário, até parece que a maioria do governo não é do PS... E qual era a
notícia? Para quem confunde informação com fake news, eu digo: era a encomenda
de um estudo para saber da popularidade do governo. Se foi o fulano x, em nome
do PS e não em nome do governo, lamento a imprecisão gravíssima...
P. S.
P. S.
Outro dado que me dá algum
gozo, e penso que isso é mesmo coisa de jornalista, é citar quem de direito.
Ainda ontem demos o desaparecimento de Francisco Varatojo nos nossos sites às
17h22, mas alguém decidiu citar quem deu a mesma notícia às 18h02. Nós, por cá,
não nos importamos que digam mal de nós, mesmo nas nossas páginas, como é o caso
de hoje, onde sou mimado como sendo de direita pelo colunista Alfredo Barroso.
Haja liberdade de pensamento.
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