“Para que o mal triunfe, basta que os bons não
façam nada.”
Edmund
Burke
O
Congelamento das Carreiras, foi uma medida fascista
– das mais perversas. Tanto nos princípios (que impediu que pessoas de mérito
prosperassem), como na sua execução (apenas atingiu alguns) e nos seus objectivos
(que não eram a causa comum, mas sim vergastar
um conjunto de cidadãos esclarecidos).
Hoje, o jornal Público (p. 4), num trabalho de São José
Almeida, trás à colação o seu descongelamento.
A dado
passo diz:
São José Almeida |
O ministro das Finanças, Mário Centeno, já
tinha avisado no início do ano que a retoma salarial dos funcionários públicos
seria gradual. O PÚBLICO está em condições de confirmar que esta gradualidade
se concretizará através de um descongelamento progressivo, cujos contornos
finais ainda não estão fechados.
Em análise pelo Governo estão várias
modalidades para o concretizar. Uma delas passa por serem descongelados, no primeiro
ano, apenas os salários dos funcionários públicos há mais anos sem
actualização, por exemplo, as pessoas que não têm aumentos há mais de dez anos,
devido ao transtorno que os congelamentos tiveram sobre a sua carreira –
refira-se que desde 2003 tem existido congelamento das carreiras e apenas em
2009 o Governo de José Sócrates as descongelou, mas as actualizações salariais
voltaram a ser suspensas no ano seguinte”.
O que
este artigo faz é o costume: manipular a opinião pública. Diremos mais: continuar
a aldrabar a opinião pública.
O que aqui interessa é comentar o terceiro parágrafo desta citação (no que diz respeito aos professores dos ensinos Básico e Secundário).
O que aqui interessa é comentar o terceiro parágrafo desta citação (no que diz respeito aos professores dos ensinos Básico e Secundário).
1 –
Iniciar o descongelamento das carreiras aos funcionários que não têm aumentos
há mais de 10 anos, ou seja, aos que há mais tempo têm a sua carreira
congelada, só pode merecer aplausos, porque é aquilo que dita o senso comum
(sem ideologias). Tivessem Sócrates e a dona Maria de Lurdes Rodrigues (que
levaram o país à BANCARROTA!) agido dessa forma … Mas duvidamos que isso
aconteça. Porque estes são como aqueles. Em primeiro lugar não está o bem
geral, mas sim as clientelas! Esta gente procurará alterar o que em principio
seria a solução mais sábia, para promoverem os do costume, prejudicando sempre
os mesmos. Está-lhes no sangue. Irão fazer exactamente o que fizeram a dona
Lurdes e o sr. Sócrates. Mantenham-se atentos e protejam-se.
2 – Mas
é a parte última desta citação que mais interessa, onde se afirma: “refira-se que desde 2003 tem existido
congelamento das carreiras e apenas em 2009 o Governo de José Sócrates as
descongelou, mas as actualizações salariais voltaram a ser suspensas no ano
seguinte”.
Aqui chegados
interessa dizer, sem rodeios, que o que a jornalista escreve, é uma aldrabice
do tamanho dos Himalaias. Procura despudoradamente branquear a verdade (os
factos). E como dizia Vergílio Ferreira, patrono de uma escola secundária
lisboeta de qualidade, “Quando se apanha um mentiroso, ele pode perguntar-nos –
e o que é a verdade? E o mais provável é
termos de o deixar seguir” (Escrever,
1996). Com jornalismo deste tipo vamos ter que deixar seguir Costa, Catarina e
Jerónimo porque a culpa, pelos vistos, já nem é de Passos Coelho (como eles e
os avençados televisivos e radiofónicos dizem), é de Viriato!
a)
O
primeiro congelamento das progressões, a par da não contagem do tempo de
serviço prestado, foi imposto entre 30 de Agosto de 2005 e 31 de Dezembro de
2006 (“Lei” 43/2005, de 29/08) – já com José Sócrates no “governo” desde
Fevereiro de 2005.
b)
Pela
“Lei” 53-C/2006, de 29/12, o congelamento foi prolongado por mais um ano, até
31/12/2007, totalizando 854 dias.
c)
Nos anos
de 2008, 2009 e 2010, o tempo de serviço foi contabilizado de forma normal.
Porém, interessa acrescentar o seguinte: a extensão da duração dos escalões da
carreira, prejudicou muitos (as), pois não passaram ao escalão seguinte como
era previsto. Tudo feito para alguns! Mas a canalhice da dona Lurdes (e dos
directores por ela nomeados) e do sr. Sócrates continuou. Alguns ainda
progrediram em 2009 e 2010 (os amigalhaços), mas a maioria teve aquele “azar”
do costume provocado pelos canalhas – quando estavam para progredir, foram, de
novo, apanhados pelo congelamento reiniciado a um de Janeiro de 2011, situação que se mantém até hoje.
Importa
salientar que muitos professores, com esta canalhice estalinista, perderam oito anos de tempo de serviço. O tempo
que Soljenítsin passou no Gulag, e quase metade do tempo de Varlam.
De
facto, existem carreiras congeladas desde 2002 (não apenas de 2003, como refere
a jornalista), mas são fruto das “leis” estapafúrdias de José Sócrates e da
dona Maria Rodrigues. Funcionários que se encontravam no 9º escalão foram
remetidos para o 8º, quando havia uma Lei que o proibia. Mas os directores
nomeados por essa gente fizeram as patifarias que bem entenderam. Sabe-se quem
foram, mas continuam impunes. Porque, nestes casos, passa a ser responsável o
Estado e não a pessoa (corrupta) concreta da Administração Pública. Querem melhor razão do que
esta para que o Estado Português esteja na lista dos mais corruptos da Europa?
Esta medida fascista foi a grande
responsável pela actual degradação do Sistema de Ensino. Porque, entre tantas
patifarias que não servem a este escrito, promoveu os menos qualificados,
despromovendo os seus contrários. O mesmo que esta gente de Costa, Catarina e Jerónimo continua a fazer descaradamente.
A srª jornalista
se quiser escrever verdade sobre o assunto, sabe muito bem onde adquirir as
fontes. Basta que se dirija a alguém que sofreu na pele as patifarias daqueles
que pretende branquear!
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