sábado, 1 de julho de 2017

Governo em funções, primeiro responsável pelos acontecimentos de Pedrogão Grande


A proposta dos socias democratas para a formação de uma comissão independente para apurar os factos de Pedrógão Grande, aceite pelo PS, diga-se, vai acabar por falhar o objectivo. E porquê?  Porque do lado dos socialistas há pouco interesse para que os resultados sejam céleres, na medida em que as eleições autárquicas se realizam a um de Outubro. O PSD pretendia que a conclusão dos trabalhos fosse apresentada em 30 dias, prorrogável por mais trinta, ou seja dois meses (que é o prazo decente nestes casos). Mas por insistência dos socialistas, o prazo para a conclusão será de 60 dias, prorrogável por mais 30. Ou seja, tudo como dantes, a culpa vai acabar por morrer solteira, ou como diz o vulgo, ficará tudo em águas de bacalhau.


Importa, pois, perante isto, analisar o caso por outras vertentes.
Quando um país tem a infelicidade de ser orientado por políticos corruptos, uma coisa acontece seguramente. O Estado entra em decadência (como aconteceu com o Império Romano – Edward Gibbon explicou-o bem), e a Nação cai no que se designa BANCARROTA. Foi o que aconteceu ao torrão luso em 2011.
Dizem os livros, que numa situação destas só há uma forma de levantar as nações (por muita conversa fiada e acções teatrais de propaganda, digam o contrário) – austeridade. Foi assim com as grandes nações europeia no pós-guerra. E foi assim sempre.
Passos e Portas optaram por impor essa austeridade reduzindo os vencimentos – para os poderem pagar, evitando cortar abruptamente nos serviços do Estado. Isso criou situações do conhecimento de todos. E esta governança das esquerdas, manteve a mesma austeridade (embora tenha propagandeado a reversão dos vencimentos dos funcionários públicos), através da cativação de verbas. Importa, pois, em traços gerais dizer o que isso é. A cativação de verbas é, grosseiramente, congelar verbas da despesa pública, ou seja, dos serviços do Estado. Quer isto dizer que se corta em tudo, menos nos serviços de saúde. Corta-se nas escolas, por isso é que estas em vez de terem 60 auxiliares têm 30. Acontecendo o mesmo com os professores. Corta-se nos serviços de defesa nacional, corta-se nos bombeiros (colocando-os a andarem de comboio), retira-se a força aérea do combate a incêndios, e por aí adiante. Para ajudar ao descalabro, joga-se com o velho clientelismo (corrupção do Estado) quando se muda metade da equipa operacional da protecção civil em Abril, nomeando-se 17 novos comandantes em cima da época de fogos.
Ou seja, mesmo antes da tal comissão entrar em campo, existem já motivos que sobejam para apurar algumas responsabilidades – e o primeiro responsável daquilo que aconteceu durante o incêndio de Pedrógão, é o governo em funções, que já devia ter assumido essas responsabilidades. As outras responsabilidades serão apuradas pela comissão. Se forem …

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