Enquanto o país é assolado
por duas tragédias, António Costa vai de férias.
A tragédia de Pedrógão
mostrou ao país a incompetência do governo, uma imprensa imbecilizada e um Estado corrupto.
No dia seguinte ao rescaldo,
o que faz António Costa? Pediu um “focus group” sobre a sua popularidade. A
imprensa imbecilizada não viu que mal algum viesse ao mundo, porque o objectivo
da sua presença era não beliscar o socialista. Podendo, até veriam na atitude,
uma virtude de carácter! Atribuindo-lhe qualidades que só eles veem –
habilidoso, negociador e por aí adiante. As mesmas que atribuíram a José
Sócrates!
O pessoal soviete (blocheviques e mencheviques) que andou
desaparecido, lá veio com a ladainha do costume – a culpa era de Passos! Quando
Passos, já deixou o governo há ano e meio. E quando as medidas que Passos teve
de tomar, foi em período de BANCARROTA, provocada pelos socialistas em 2011. E
a tal imprensa, para não beliscar Costa, seguiu-lhes as pisadas, porque Passos,
diziam os imbecis, teria cortado nos serviços do Estado. Esqueciam-se os
burgessos das cativações de verbas impostas por esta
governança.
Um ou dois dias depois, em
palanque, Costa anuncia os bons resultados económicos. Felizmente, Klaus Regling veio, mais tarde, colocar
alguma justiça na questão. Mas a tal imprensa lá estava, filmando e
fotografando primeiros planos.
Dias depois, acontece o caso
do roubo de material militar na base de Tancos.
E o que faz Costa? Vai de
férias! E o presidente Marcelo, o chefe das Forças Armadas, continuou os seus
afectos. Entretanto, cinco comandantes são humilhados publicamente nas
televisões, fazem-se comentários televisivos e de rádio; alguns comentadores
pagos a ouro, de voz embargada e tom pesaroso, afirmam que o governo não está
fragilizado, e têm imensa pena que estes casos tenham acontecido neste governo,
e que o Primeiro ministro (sem ter ganho eleições) não tinha culpa alguma, que
isto e aquilo; que aquilo e isto … e por aí fora. Em vez de tomarem a atitude
de uma imprensa séria, consonante com os princípios da mesma, tendo em conta o
bem geral, agacham-se perante Costa, Catarina e Jerónimo, como no tempo de
Sócrates e dos sovietes na antiga União Soviética. Em vez de servirem o povo –
o público - servem os corruptos (ainda
hoje foram detidos alguns militares da força aérea por corrupção, na operação Zeus).
Se o país está assim deve-se,
sobretudo, à corrupção do Estado, para a qual esta imprensa imbecilizada tem,
em muito, contribuído.
Tudo começou no tempo de José
Sócrates. Já as pessoas decentes observavam ao longe a corrupção, e estes
comentadores corruptos o tratavam por “menino de ouro”! E hoje não estamos
longe disso, quando parte dos comentadores (e escrevinhadores) tiveram uma
relação directa com esse cavalheiro.
Mas tudo isto não interessa.
Enquanto o país é assolado por duas tragédias, António Costa vai de férias. Num
país civilizado, com uma democracia madura, não eram os dois ministros que se
punham em causa, mas o próprio Costa e o seu governo.
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