terça-feira, 4 de julho de 2017

A imprensa imbecilizada anda a brincar com a tropa


Enquanto o país é assolado por duas tragédias, António Costa vai de férias.

A tragédia de Pedrógão mostrou ao país a incompetência do governo, uma imprensa imbecilizada e um Estado corrupto.
No dia seguinte ao rescaldo, o que faz António Costa? Pediu um “focus group” sobre a sua popularidade. A imprensa imbecilizada não viu que mal algum viesse ao mundo, porque o objectivo da sua presença era não beliscar o socialista. Podendo, até veriam na atitude, uma virtude de carácter! Atribuindo-lhe qualidades que só eles veem – habilidoso, negociador e por aí adiante. As mesmas que atribuíram a José Sócrates!
O pessoal soviete (blocheviques e mencheviques) que andou desaparecido, lá veio com a ladainha do costume – a culpa era de Passos! Quando Passos, já deixou o governo há ano e meio. E quando as medidas que Passos teve de tomar, foi em período de BANCARROTA, provocada pelos socialistas em 2011. E a tal imprensa, para não beliscar Costa, seguiu-lhes as pisadas, porque Passos, diziam os imbecis, teria cortado nos serviços do Estado. Esqueciam-se os burgessos das cativações  de verbas impostas por esta governança.
Um ou dois dias depois, em palanque, Costa anuncia os bons resultados económicos. Felizmente, Klaus Regling veio, mais tarde, colocar alguma justiça na questão. Mas a tal imprensa lá estava, filmando e fotografando primeiros planos.
Dias depois, acontece o caso do roubo de material militar na base de Tancos.
E o que faz Costa? Vai de férias! E o presidente Marcelo, o chefe das Forças Armadas, continuou os seus afectos. Entretanto, cinco comandantes são humilhados publicamente nas televisões, fazem-se comentários televisivos e de rádio; alguns comentadores pagos a ouro, de voz embargada e tom pesaroso, afirmam que o governo não está fragilizado, e têm imensa pena que estes casos tenham acontecido neste governo, e que o Primeiro ministro (sem ter ganho eleições) não tinha culpa alguma, que isto e aquilo; que aquilo e isto … e por aí fora. Em vez de tomarem a atitude de uma imprensa séria, consonante com os princípios da mesma, tendo em conta o bem geral, agacham-se perante Costa, Catarina e Jerónimo, como no tempo de Sócrates e dos sovietes na antiga União Soviética. Em vez de servirem o povo – o público -  servem os corruptos (ainda hoje foram detidos alguns militares da força aérea por corrupção, na operação Zeus).
Se o país está assim deve-se, sobretudo, à corrupção do Estado, para a qual esta imprensa imbecilizada tem, em muito, contribuído.
Tudo começou no tempo de José Sócrates. Já as pessoas decentes observavam ao longe a corrupção, e estes comentadores corruptos o tratavam por “menino de ouro”! E hoje não estamos longe disso, quando parte dos comentadores (e escrevinhadores) tiveram uma relação directa com esse cavalheiro.
Mas tudo isto não interessa. Enquanto o país é assolado por duas tragédias, António Costa vai de férias. Num país civilizado, com uma democracia madura, não eram os dois ministros que se punham em causa, mas o próprio Costa e o seu governo.

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