terça-feira, 6 de junho de 2017

«Copos e Mulheres» e o presidente holandês 

 
Jorge Lage
Gastar dinheiro em copos e mulheres todos os países gastam. E a expressão usada por Dijsselbloem quereria dizer que os países do Sul da Europa gastam dinheiro em demasia e muito dele mal gasto, endividando-se e aos seus cidadãos. Os nossos políticos teriam que ouvir e corrigir, se tivessem um pingo de vergonha. Se não é assim, como explicam os nossos políticos que em 40 anos temos tido o país três vezes na banca rota e pedido ajuda externa? Para este regabofe, costuma dizer-se que «isto não é a feira da Joana». Não devia ser, porque os portugueses somos muito pacíficos. Foi ridículo ver os políticos que nos governam, fazerem de insonsas virgens ofendidas… Ficaram a falar sozinhos para enganar o nosso Zé Povinho. Se gastassem o tempo a tentar encontrar caminhos sustentáveis para fazer crescer mais a riqueza nacional e diminuírem à dívida seria mais proveitoso. As propagandas políticas que por cá temos quase sempre foram hábeis em enganar o Zé Povinho. Os governantes foram eleitos para governarem com acerto e não para atitudes quixotescas que apenas nos ridicularizam mais aos olhos dos outros países. Nós pedintes da Europa pouco contamos nas decisões europeias. Em Portugal, quando alguém é estroina, o povo costuma dizer: «só quer p… e vinho verde».
Jorge Lage – jorgelage@portugalmail.com – 10ABR2017

Provérbios ou ditos:
      Em Maio, cerejas ao borralho.
      Quem quiser mal à vizinha, dê-lhe em Maio uma sardinha e em Agosto a vindima.
      Vai à feira e traz-me as maias! («maias» = castanhas piladas para o 1º. De Maio).

Nota: Ainda hoje há pessoas, na Beira Interior, que na noite de 30 de Abril para o 1.º de Maio, dormem com uma castanha na boca, para o Maio não os apanhar a dormir na cama. O momento que começa o 1.º de Maio, na tradição, é quando o Sol nasce. A castanha maia é talismã para se afastarem os males da vida e do corpo das pessoas durante um ano e o remédio é ter-se uma castanha já na boca ou no estômago quando raia o Sol. A castanha maia ou maia tem um valor semelhante, na tradição mirandelense e da nossa região, ao do ramo de maias (Giesteira-negra) na soleira da porta, no postigo, na janela, na varanda, na porta do estábulo dos animais, no carro ou nos cornos dos animais, posto na noite de 30 de Abril para o 1.º de Maio.

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