terça-feira, 16 de maio de 2017

A macacada do costume

 
Ontem, a macacada do costume. Os dados do INE originaram o alarde do costume sobre o crescimento da economia. Neste primeiro trimestre de 2017, diziam os alarves, a economia tinha crescido 2,8%! E com isto o foguetório foi tal que apresentaram o gráfico acima.
A dona Mariana qualquer coisa, daquele grupelho bloquista, não foi de modas ( e parece que o sr. Costa se associou a este desplante). Este sucesso, disse, devia-se à reposição dos rendimentos às famílias que assim poderiam consumir mais. Pensa esta licenciada em economia que os portugueses são todos papalvos e que não sabem nem a tabuada, nem ler. Qualquer cidadão vulgar com uma antiga 4ª classe sabe o que vem no relatório do INE – que estas 0,3 se devem às exportações! Como todos os resultados desde 2012!
Claro que o sr. Presidente da República, apesar de comprometido com a dona Catarina, o sr. Jerónimo e o sr. Costa, ou seja, com esta politica da treta, veio logo dizer que é preciso prudência. E porquê? Porque qualquer cidadão escorreito ao analisar o gráfico, não tem razão alguma para entrar no delírio desses manipuladores de décimas! O que é que vê um cidadão escorreito? Isto: que depois do desastre socialista que nos levou à bancarrota, a economia assolada pela austeridade imposta (pelos credores do resgate de 2010) e necessária, caiu para -4,5% em 2012. E que a partir (do 4º trimestre) de 2012 até 2015 subiu para 2,5%! Isso sim, isso é que foi uma subida. E que vê a seguir? Que durante todo o ano de 2016 se manteve estacionária (no pântano). E que vê a seguir? Que nos primeiros três meses (!) de 2017, subiu 0,3 em relação a 2015 (e porque recuaram no que haviam prometido quando assinaram aquela papelada! Quem tem memória sabe disso). Ou seja, andaram um ano e meio para que a economia subisse 0,3! E com isto fizeram aquele alarde, manipulando as cabeças dos papalvos do costume. Não é assim que saímos da BANCARROTA! Bem pelo contrário, com estes alarves (que nos levaram à BANCARROTA), andaremos por aqui durante largos anos.
Hoje já a RTP deu pouca importância ao caso (embora ainda tenha manipulado a informação com alguns gráficos), ao contrário a jornalada do costume veio para as primeiras páginas alardear que o crescimento disparou (reparem, 0,3!), e o sr. Presidente da República, invertendo a prudência de ontem, disse que o país está a mudar de rumo. Claro que está, embora o dinheiro que sobra no bolso dos portugueses no fim do mês, seja o mesmo (ou menos) do que o que sobrava no tempo do Dr. Passos Coelho e do Dr. Paulo Portas.

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