Oiço muita gente boa condenar a aceitação de
imigrantes e refugiados feita por países europeus, inclusive Portugal. Discordo
dessa atitude, pois nós próprios somos na maioria imigrantes dentro do nosso
território geográfico e administrativo. Como, além disso, uma considerável
franja da população imigrante europeia
espalhada por todo o mundo é portuguesa. O mesmo que neste altura está
acontecer, com o afluxo de migrantes que
“através do gasoduto da África Central e do Corno de África” se prepara
para invadir a Europa. Mete dó, e segundo Joel Millman, porta-voz da
Organização Internacional das Migrações só nos primeiros meses do ano já
morreram mais de 590 migrantes nas águas do Mediterrâneo. É o bastante para nos
fazer reflectir e demover da má apreciação que por vezes se possa ter daqueles
que em busca de paz, alimentação e trabalho, a exemplo dos emigrantes
portugueses que em meados do século passado, clandestinamente atravessavam as
fronteiras, sujeitos a serem presos ou abatidos por desrespeitar a lei vigente.
Temos que estar receptivos e preparados para o que temos e está para vir, que
segundo li no Sol, de domingo, dia 2, um milhão de migrantes já vem a caminho.
Quem sujeito a morrer com mulher, filhos, pais e irmãos na travessia do mar
Mediterrâneo, por certo que não é terrorista.
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