sábado, 14 de janeiro de 2017

A azáfama construtora em Vila Real no século XVIII


Em 1721 a vila contava 909 moradores distribuídos por duas freguesias. A freguesia de São Dinis com 266 moradores, quase todos artistas mecânicos, e a freguesia de São Pedro com 643 moradores, a mais rica freguesia do velho burgo.
Alguns elementos já recolhidos, mostram bem a azáfama dos construtores vila-realenses nesta época, na sua malha urbana. Muitas outras obras foram desenvolvidas ao longo da centúria, a mando da sua câmara e corpo de vereadores. Estas obras públicas, arrematadas em lanço na praça pública, demonstram bem como estavam activos os seus artífices. Muitos deles participaram, em simultâneo, nestas obras de carácter público e em obras de carácter religioso.
O burgo de 1721 era constituído por 45 ruas principais, das quais, apenas a rua direita, onde viviam os mercadores, continuava até à Vila velha. Este espaço urbano setecentista foi ao longo da centúria, caracterizado pela azáfama dos seus construtores. Reformando e concertando estruturas já existentes. Ou fazendo-as de raiz. As suas calçadas iriam, deste modo, dar origem à malha urbana actual.
Das obras públicas então executadas, destacam-se as calçadas da então vila. Mas, outras estruturas foram construídas. Delas dependiam as relações harmoniosas da população, como, por exemplo, as suas cadeias.
Este modesto estudo publicámo-lo na revista “Estudos Transmontanos e Durienses”, no ano de 2007.
No quadro que se apresenta sobre as obras públicas, aparecem algumas gralhas que agora emendamos:
1 – Nos concertos da fonte e do chafariz velho da vila, datada de três de Março de 1723, o artífice não é Manuel Monteiro, mas sim António Francisco;
2 - Na obra da fonte do Arnal e paredes do chafariz, iniciada a sete de Agosto de 1723, o artífice não é António Francisco, mas sim Domingos Luis;
3 – As obras das calçadas  das ruas das Flores e de São Jacinto não foram arrematadas a dois de Setembro de 1766, mas sim a um de Agosto de 1765;
4 – A obra da calçada da Cruz da Timpeira não foi arrematada a 20 de Setembro de 1766, mas sim a dois de Setembro de 1766.
Este estudo pode ser consultado AQUI.


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