O panorama cultural vila-realense ficou mais pobre com o desaparecimento, em 2
de Dezembro de 2016, de Mons. Ângelo do Carmo Minhava.
Figura muito querida, admirada e respeitada de todos os vila-realenses, foi um
sacerdote exemplar, professor brilhante e intelectual distinto em diversas
áreas, de que se destacam a música e a filologia.
Os traços mais salientes da sua personalidade eram o trato afável, a modéstia,
a calma sabedoria e permanente disponibilidade para pôr a sua vasta cultura ao
serviço de quem dela necessitasse.
Ângelo Minhava foi também escritor, embora, devido à sua entranhada modéstia,
não buscasse o reconhecimento público. Da sua bibliografia, referimos em
especial Cabrilíada (1947), um poema herói-cómico, género que conta com
raríssimos cultores na literatura trasmontana e alto-duriense, que o poeta
Teixeira de Pascoaes considerava o segundo melhor poema do género a nível
nacional, a seguir a O Hissope, de Cruz e Silva. Escreveu ainda diversas
comédias ao jeito popular, que continuam a ser representadas um pouco por toda
a região e mesmo fora dela.
CÂMARA MUNICIPAL DE
VILA REAL
Grémio Literário Vila-Realense
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