Luís Campos Ferrreira Jornal CORREIO da MANHÃ |
Avante,
camarada, avante, camarada, e o sol brilhará para todos nós." Pois
brilhará, mas uns vão pagar mais do que outros pelos raios de sol. Este é mais
um daqueles aumentos de impostos revolucionários e progressistas que os
comunistas e os bloquistas vão deixar passar sem pestanejar para os
contribuintes mas piscando marotamente o olho a António Costa como que a
avisá-lo: "Estás a esticar-te." A verdade é só uma: enredado nos
compromissos à esquerda e falhadas as receitas milagreiras do crescimento
económico, o governo socialista não tem feito outra coisa senão aumentar
impostos da forma mais camuflada e injusta. Desta vez foi mais longe na
prossecução da austeridade e introduziu um elemento que, se não desse vontade
de chorar, dava vontade de rir: bom sol e boas vistas vão pagar muito mais IMI.
Diz o governo que o objectivo não é arrecadar mais receita mas sim haver maior
justiça fiscal. Claro. Seguir-se-á a justa tributação da brisa marítima, da
sombra reconfortante e da temperatura amena. Lá mais para o inverno, as casas
cujos telhados e umbrais sejam visitados por fofos flocos de neve poderão
também receber a visita de um fiscal para a reavaliação do imóvel, pois não se
compreende que quem é bafejado pela visão de uma paisagem tipo Alpes suíços
pague o mesmo que aquele que, da sua janela, não vê nada por causa do nevoeiro.
Nevoeiro, poeira, cortinas de fumo é o que o governo, com a cumplicidade (des) envergonhada
da esquerda, tem tentado meter na frente dos portugueses, seja com vacas que
voam, seja com a opereta das sanções, seja com a subida de impostos
supostamente apenas para os ricos e capitalistas. Enquanto isso, a austeridade
continua vivinha da Silva, os impostos para a generalidade dos contribuintes
não param de aumentar, a dívida cresce, a economia está praticamente estagnada
- e já se percebeu que as coisas não vão ficar por aqui. Já se acabava com
tanta imposturice.
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