segunda-feira, 18 de julho de 2016

Ovos moles de Aveiro



VIRGILIO GOMES
Com cremosidade única, os ovos-moles são um dos expoentes máximos da doçaria conventual portuguesa. A sua simplicidade é a sua riqueza. A sua delicadeza a transmissão do requinte. E o seu especial valor mede-se, também, pela sua polivalência a completar outras composições doces.

Hoje em dia quando se fala de ovos-moles, fala-se de Aveiro. Quando se fala de ovos-moles cita-se o Mosteiro de Jesus de Aveiro, fundado em 1462 com autorização de D. Afonso V, e desde esse tempo teve sempre privilégios reais e em especial uma dotação de açúcar inicialmente vindo da Ilha da Madeira e que se destinava à farmácia para curar doentes. Rapidamente a sua utilização adquiriu nova função, na doçaria. Este mosteiro era tão importante na perspetiva gastronómica que era corrente famílias abastadas mandarem confecionar as suas refeições na cozinha do mosteiro. Este abuso deu origem a críticas e ordenações régias e do Mestre da Ordem de S. Domingos, a proibir estas atividades.

Um dos expoentes máximos da doçaria portuguesa:
http://www.virgiliogomes.com/index.php/cronicas/772-ovos-moles-únicos

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