sábado, 18 de junho de 2016

O Estado existe para servir o cidadão e não o contrário


BARROSO da FONTE
Pesaroso por não ter estado presente, na confraternização anual dos antigos alunos do Seminário de  Vila Real que frequentei entre 1952 e 1962, pretendo deixar o meu testemunho neste jornal, para sublinhar que estou, abertamente contra a estatização do ensino. Faço-o pelo facto do atual governo, certamente para agradar à esquerda radical que, a todo o custo, pretende estatizar as pessoas, a formação e as ideologias, de maneira brusca, atabalhoada e ostensiva, gerou, na pior altura do ano, o atrofiamento do ensino privado.
 José Rodrigues dos Santos, já veio demonstrar que "o fascismo tem origem marxista" porque Mussolini foi socialista antes de fundar o fascismo». Nesta matéria deve respeitar-se a liberdade individual. Não pode a esquerda alegar que deve dar-se aos homens e às mulheres liberdade sexual, religiosa e política, consoante as suas tendências e obrigar, essas mulheres e esses homens, a seguirem a formação estatizada, autómata e única.
As pessoas não devem ser máquinas do Estado. Não foi ele que as criou. Antes foram as pessoas que implicaram a instituição de regras, para se entenderem em sociedades. Estas devem adaptar-se às exigências sociais e não o inverso.
 Ensinar e aprender são direitos inatos, invioláveis. Só os irracionais não percebem isso. E é por isso que se domesticam as vacas e os bois, os cães e os gatos, inclusive o papagaio. Aí sim, criem-se leis estatizantes. Mas não para os humanos.
Noutros tempos só estudavam os ricos. Como os pobres não podiam pagar, limitavam-se a ser escravos dos senhores que tinham dinheiro e poder. Quem pretendesse estudar, sendo pobre, procurava a escola mais próxima e mais acessível. Foi assim que aconteceu comigo e com muitos dos companheiros do seminário. Cada seminarista foi um meu herói! Em nada inferior aos alunos dos liceus. A vida prática o confirma. Nunca tive, nem tenho complexos perante os meus pares. Dez anos de seminário, mais cinco de Universidade Católica, mais oito na Universidade pública. Sempre paguei propinas e sempre paguei ao seminário as mensalidades exigidas. Filho de pais pobres, nunca o Estado gastou comigo, fosse o que fosse. Do mesmo modo os meus dois filhos, ambos licenciados em Engenharia: um na pública e outro na privada. Com honra o digo: dei ao Estado mais do que ele me deu. Nunca chorei por isso, como nunca tive inveja pelo que outros conseguiram em condições mais favoráveis. Do mesmo modo não admito que o inexperiente ministro da educação que nunca produziu riqueza para o Estado, venha, agora, com 38 anos de teoria esquerdizante, estatizar pessoas e instituições, com uma ferocidade raquítica. Se fosse da minha geração mandava-o pentear macacos...

                                          Barroso da Fonte

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