A
Pátria anda toda catita. A Pátria de uma certa esquerda, diga-se. Com pompa e
circunstância, este fim de semana a "seita" dos da mãozinha reuniu na capital
do reino.
Foi
bonito, sim senhor. Gostámos. Principalmente daqueles discursos de garrafão do
costume! A direta isto, a direita aquilo. Aqueles malandros que tiraram o país
da bancarrota a que os da mãozinha levaram em 2011, que permitiram aos
funcionários do privado e do Estado receberem os vencimentos a partir de Julho
de 2011, que não corrigiram, como devia ser, as patifarias dos da mãozinha e do
seu chefe José Sócrates, que puseram o país a respirar liberdade, que
procuraram dar alguma qualidade à escola do Estado (pública, como eles dizem),
que deram crédito ao país, colocando-o, de novo, a ser financiado pelos mercados,
que afastaram a troyca, que colocaram os lugares de chefia em concurso (e que
agora os da mãozinha oferecem a amigos, como no tempo daquele que nos levou à
bancarrota) e por aí adiante.
Foi
bonito, sim senhor. Ver aquela mesa redonda de convidados comandada pelo Silva
Pereira, braço direito de quem levou o país à bancarrota em 2011.
Foi
bonito, sim senhor. Ver aqueles convidados lançar a verborreia do costume como
o socialista Pacheco Pereira, disfarçado de profeta do Antigo Testamento.
Foi
bonito, sim senhor. Ver o Costa (agora chefe de uma "seita" mais para os lados estalinistas/leninistas) disfarçado de chefe da governança, com aquelas
graçolas do “virar de página”. Não faltou o paleio da reversão para os funcionários
elevados como ele e a dona Catarina; a reversão de 50 cêntimos para as reformas
mais pequenas. Sim, porque isso é que é a verdadeira politica desta governança
de “esquerda” comandada pelas donas do Bloco e pelas manas (com o cavalheiro Jerónimo apenas como Major).
E
foi bonito ver o Costa discursar sobre a estagnação da economia (estando o preço do petróleo a níveis históricos!), da falta de
investimento e da subida do desemprego. Honra lhe seja feita. Atacou as
migalhas que o Estado dá aos 2% dos colégios privados, que nada representam
para a economia do país. E também referiu os 4 mil milhões do buraco da Caixa.
E dos crimes que aí se praticaram ao nível das diretorias e administração,
maculando o trabalho de excelência dos seus funcionários.
O
dr. Assis (de raiz social-democrata), o único com um discurso lúcido, veio estragar o repasto. Para a
próxima deve ficar em casa, porque os da mãozinha não querem tipos lúcidos.
Querem tipos (e tipas) alienados. Assim é que dá gozo.
Mas houve uma falha grave na organização. Não gostámos. E vamos usar este espaço para mostrar a nossa indignação. A dona Catarina, a dona Marisa e as manas não foram convidadas para a reunião magna da seita. Isto não foi bonito. O povão até está a pensar numa petição online para mostrar o seu desagrado. Então o Costa não sabe que quem comanda as tropas é a dona Catarina? Coadjuvada pela dona Marisa e pelas manas? Podem não gostar de Gramática (cada um é como é, gostos não se discutem) e não saber a tabuada (pois andaram para aí a dizer que os técnicos da OCDE se tinham enganado nas contas!), mas comandam as tropas. Elas que têm um plano bolchevique (que deu origem aos Gulak e à ruina de alma de gigantes como Sakharov) para o país, com o Estado a controlar os cérebros dos cidadãos (lavagem de cérebros), uma policia a controlar as instituições e as liberdades, uma escola tipo a dos rapazes do comité do Komsomol, dependente do conselho de comissários do povo, descrita no conto de Soljenitsin, onde se destaca a camarada professora Lídia Gueórguievna. Claro, elas conhecem bem o camarada Lenine. Quem delas não leu “Que fazer”?
Mas
elas (e eles) lá andam. Em festa, mas o povo afunda-se. Armando Palavras
Actualizado a 6 de Junho
Actualizado a 6 de Junho
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