segunda-feira, 20 de junho de 2016

É tempo de separar as águas – as límpidas do lodaçal!



Bastaram uns escassos seis mesitos para que os portugueses tivessem a verdadeira percepção sobre os partidos das esquerdas que compõem a governança. Aquilo que são na oposição e aquilo que são na governança! Do PS nada a acrescentar, mas do PC, Bloco e PEV há muito.
A berraria que estes três partidos fizeram durante a governação de Passos e Portas, contrasta (e muito), com os silêncios cúmplices (todo o silêncio cúmplice que prejudica outrem é criminoso, eticamente reprovável e humanamente desprezível), agora na governança.
A dona Catarina com aquele “cacarejar” estridente, não se coibiu em fazer a berraria que fez a pedir isto e aquilo para o BPN, BES, etc. Acompanhada pelas manas e pelo cavalheiro Jerónimo de punhos cerrados. Os seus lacaios, desta e daquela agremiação, acompanharam-nos na barulheira.
Quando começou o murmúrio sobre a Caixa, nem piaram.
Apenas aqui e ali, se fazia uma referência como Gomes Ferreira, ou Medina Carreira.
Agora que o caso se comenta à boca cheia (e ainda bem), as tais esquerdas continuam de bico calado, num silêncio cúmplice.
Nem de propósito, o Partido Social Democrata, embora comprometido politicamente, numa atitude de cidadania a louvar, anunciou a realização de uma Comissão de Inquérito Parlamentar. Vozes sonantes do PSD e do CDS vieram logo barafustar. Por muito que barafustem e por muito silêncio cúmplice das esquerdas, o vulgo estará até ao fim com a atitude dos sociais-democratas e do seu líder.
Foi neste lodaçal cúmplice que o País se enterrou. E que muitos (do PSD e PS) querem que continue, ao aconselharem que o inquérito proposto pelo PSD se não realize. Como o demonstra a resposta dada por Costa, no debate quinzenal, ao repto lançado pela bancada social democrata: “Vocês dedicam-se à arqueologia e nós à construção do futuro.”
Não há dúvida! Como se o futuro fosse possível sem passado!
Um futuro próspero só é possível corrigindo os erros do passado. A não ser assim não se sai do lodaçal.
A esta distância, e com este caso na agenda da Nação, tanto Guterres como Barroso tiveram carradas de razão para “abandonar o barco”. Como tem Passos Coelho (e o PSD que o acompanha) em insistir com o inquérito Parlamentar. O país há-de agradecer-lhe.
É tempo de separar as águas. No caso da Caixa, separar os negócios naturais de risco e os negócios que permitiram a uma meia dúzia de amigalhaços encher os bolsos com dois mil milhões! E sendo caso disso (como se irá provar), entregar à Justiça o que é da Justiça.
Já que irá haver cerca de 2000 despedimentos de funcionários de excepção e que o Povo vai ter que pagar esses dois mil milhões, ao menos que os bandalhos o recompensem com dias de choldra.

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