Bastaram
uns escassos seis mesitos para que os portugueses tivessem a verdadeira
percepção sobre os partidos das esquerdas que compõem a governança. Aquilo que
são na oposição e aquilo que são na governança! Do PS nada a acrescentar, mas
do PC, Bloco e PEV há muito.
A
berraria que estes três partidos fizeram durante a governação de Passos e
Portas, contrasta (e muito), com os silêncios cúmplices (todo o silêncio
cúmplice que prejudica outrem é criminoso, eticamente reprovável e humanamente desprezível), agora na
governança.
A
dona Catarina com aquele “cacarejar” estridente, não se coibiu em fazer a
berraria que fez a pedir isto e aquilo para o BPN, BES, etc. Acompanhada pelas
manas e pelo cavalheiro Jerónimo de punhos cerrados. Os seus lacaios, desta e
daquela agremiação, acompanharam-nos na barulheira.
Quando
começou o murmúrio sobre a Caixa, nem piaram.
Agora
que o caso se comenta à boca cheia (e ainda bem), as tais esquerdas continuam
de bico calado, num silêncio cúmplice.
Nem
de propósito, o Partido Social Democrata, embora comprometido politicamente,
numa atitude de cidadania a louvar, anunciou a realização de uma Comissão de
Inquérito Parlamentar. Vozes sonantes do PSD e do CDS vieram logo barafustar.
Por muito que barafustem e por muito silêncio cúmplice das esquerdas, o vulgo
estará até ao fim com a atitude dos sociais-democratas e do seu líder.
Foi
neste lodaçal cúmplice que o País se enterrou. E que muitos (do PSD e PS)
querem que continue, ao aconselharem que o inquérito proposto pelo PSD se não
realize. Como o demonstra a resposta dada por Costa, no debate quinzenal, ao
repto lançado pela bancada social democrata: “Vocês dedicam-se à arqueologia e
nós à construção do futuro.”
Não
há dúvida! Como se o futuro fosse possível sem passado!
Um
futuro próspero só é possível corrigindo os erros do passado. A não ser assim
não se sai do lodaçal.
A
esta distância, e com este caso na agenda da Nação, tanto Guterres como Barroso
tiveram carradas de razão para “abandonar o barco”. Como tem Passos Coelho (e o
PSD que o acompanha) em insistir com o inquérito Parlamentar. O país há-de
agradecer-lhe.
É
tempo de separar as águas. No caso da Caixa, separar os negócios naturais de
risco e os negócios que permitiram a uma meia dúzia de amigalhaços encher os
bolsos com dois mil milhões! E sendo caso disso (como se irá provar), entregar
à Justiça o que é da Justiça.
Já
que irá haver cerca de 2000 despedimentos de funcionários de excepção e que o
Povo vai ter que pagar esses dois mil milhões, ao menos que os bandalhos o
recompensem com dias de choldra.
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