quinta-feira, 16 de junho de 2016

Baga de Sabugueiro

Por: Costa Pereira - Portugal, minha terra


Na aldeia a abundância de motivos com que a natureza nos presenteia, podia bem evitar que se gastasse tempo em falar da vida alheia dos vizinhos e gozar desses dons que se nos oferece ver a cada instante que se estiver atento. Ainda não há muito tempo, talvez um ano, germinou sem ser plantada uma planta que se deixou desenvolver livremente até que se conhecesse o género. Só nos finais do ano passado se certificou tratar-se da planta de sabugueiro ( Sambucus nigra), nativa da Europa, oeste da Ásia e norte de África.
Arbusto denso e muito ramificado é das plantas medicinal mais antigas e apreciadas, remontando aos primórdios da Humanidade. Testemunhos arqueológicos dão como certo ser muito popular e aparecer associada a diferentes mitologias e a numerosas lendas. Da flor à baga tudo é aproveitado para bem da saúde de quem disso faz uso.

 Em Portugal esteve quase extinta devido a uma lei do Marquês de Pombal que proibia o cultivo de sabugueiro para evitar o uso da baga que os lavradores utilizavam de modo a dar cor aos vinhos mais fracos, que depois vendiam como Vinho do Porto. Pelo menos na região do Douro é lei era mesmo rigorosa.
 De novo esta planta-arbusto voltou a se poder cultivar e no Vale da Varosa, até quem chamou a si a comercialização da baga de sabugueiro produzida pelos agricultores foi precisamente a Adega Cooperativa de Castanheiro do Ouro (Tarouca). E de fato há mesmo quem chame a esta produção um verdadeiro negócio de “ouro negro” destas gentes, já que em certos casos é mais rentável que o cultivo de outros produtos, inclusive a vinha. Os alemães são os principais clientes a consumir a produção de baga que aplicam no fabrico de tintas, doçaria, e industria farmacêutica.

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