sábado, 21 de maio de 2016

Eureka! E o país afunda-se…


Há uns tempos atrás, Costa acordou com uma ideia radiosa. A lembrar a expressão associada ao sábio grego Arquimedes:  Eureka!
Havia de se criar um banco mau para nele serem depositados todos os artigos tóxicos da banca portuguesa. Convém lembrar que Costa pertenceu ao governo socialista que levou o país à bancarrota.
Aquilo que era tabu, passou a ser falado à boca cheia há cerca de um mês: a falência da Caixa Geral de Depósitos (o que quer dizer que já estamos outra vez na bancarrota, ou muito perto dela). Mas o país continua em festa e com foguetório! Ninguém da decência se questiona como foi isto possível. Como é que o banco do Estado chegou a isto.
É claro que não foram os funcionários da instituição os causadores do desastre. Há mais de trinta anos que daí recebemos o vencimento, e com eles tratamos de tudo o que a essa instituição estamos ligados. A excelência dos seus funcionários é inquestionável. Então quem são os responsáveis do desastre? Aqueles que a governança que nos levou à bancarrota, colocou em lugares de direcção e administração!
O actual Governador do Banco de Portugal, parece concordar com a ideia de Costa. Que ainda não foi explicada aos cidadãos. Convém lembrar que Costa há cerca de mês e meio tentou sanear o Governador. E convém lembrar que o actual Governador não é culpado da situação desastrosa em que a banca se encontra, pois herdou os problemas do anterior Governador.
Até o cidadão comum sabe hoje que foram praticados crimes na banca. E concretamente na Caixa, onde se forneceram créditos (em milhões!) de influência politica. Nada disto está investigado (pelo menos que se saiba), nenhum dos criminosos está preso e quem vai pagar este prejuízo dentro de década e meia é o cidadão comum. Uma vergonha, para um país que se quer civilizado!
Se criar o banco mau for a solução (que não é), que todo o processo seja o mais transparente possível e explicado aos cidadãos, mas que não sirva para branquear os crimes e os criminosos que continuam a frequentar os melhores restaurantes de Lisboa e por aí adiante. E tudo isto se faz nas barbas da gente culta, decente, com responsabilidades sociais, sem transmitirem um ai! de indignação para com o sofrimento dos mais frágeis.
O país afunda-se, mas continua em festa!       Armando Palavras

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