JORGE LAGE |
Um dia um chefe dos «lions» pediu-me para que lhe arranjasse alunos
do 1.º ciclo para encher duas camionetas. Como éramos amigos e eu responsável
pelas escolas do distrito de Braga, perguntei-lhe o que queria fazer com os
alunos. Disse-me que os levavam até à floresta, tiravam umas fotografias e
mandavam para Lisboa para receberem uma maquia por terem promovido a defesa da
floresta. Também, sobre algumas acções que promovem certas organizações que se
movem nas franjas dos lobies, florestal e da indústria dos incêndios,
interessa-lhes mais o que conseguem fazer passar para a comunicação social e
para a educação e agricultura. Agitar bandeiras ou impressionar o «inglês ver».
Enquanto não vir trabalho estrutural sério, desenvolvido pelos professores, ao
longo de cada ano lectivo, com sacrifício do «ram-ram» do dia-a-dia e das
comodidades pessoais, certos shows não me convencem, por mais que os municípios
e escolas os apregoem. É a opinião de quem trabalha voluntariamente nesta área
há mais de vinte anos.
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