segunda-feira, 9 de maio de 2016

A bem da causa - o melhor dos ensinos


Com a fraude politica instituída a quatro de Outubro de 2015, o que actualmente se discute em Educação é a conhecida “espuma dos dias”. Ninguém está interessado numa reflexão séria. É, para esta gente, mais importante sustentar a corrupção na Administração Pública, ligada a interesses, logo às Escolas. E esta ideia peregrina da defesa da escola pública está subjugada a esses interesses que pretendem limitar tudo o que é liberdade, neste caso as liberdades fundamentais de ensino e os correspondentes direitos sociais, implantando a velha ideia jacobina, defensora de um monopólio estatal do ensino.
Para a decência, tanto importa que o ensino seja público ou privado, desde que seja de qualidade, onde sejam aplicados princípios de justiça universais.
Há mais de duas décadas que a Constituição defende o ensino gratuito para o ensino obrigatório, tanto estatal como privado. E esta discussãozinha sobre uns irrelevantes contratos de associação, não passa do teatro do costume.
Aqueles que verdadeiramente defendem um ensino livre, há bastante tempo que “estão baptizados” com as questões jacobinas que agora se levantam.
O conto de Aleksandr Soljenítsin, a bem da causa, do livro Zacarias Escarcela e outros contos, há muito que os elucidou. E os procedimentos totalitários da governança socialista entre 2005/2011, também.  Essa governança (já com alguma influência das amazonas bloquistas) transformou o ensino público num mercado e num corredor de influências de amigos. Dos da cor.
No jornal público de cinco de Maio, um testemunho de Maria do Carmo Vieira, sobre o ensino totalitário estatal, bem podia fazer reflectir a decência para os perigos jacobinos do ensino escolar.
Dirigindo-se ao actual ministro da Educação, relatando-lhe dois factos, ficamo-nos  pelo segundo:

“ A segunda situação tem a ver com a atitude do Ministério da Educação (ME), no final do ano lectivo de 2006, após ter recebido uma carta minha, endereçada à Senhora Ministra, na qual eu analisava criticamente os novos programas e os manuais, concluindo da minha impossibilidade em cumprir o que considerava um absurdo e uma imensa falta de respeito pelos alunos, pondo em causa, se obedecesse, a minha responsabilidade e a minha competência profissionais. Mencionava também o facto de não compreender bem o alcance de “um ensino centrado nos alunos”, ou a quase exclusividade atribuída ao trabalho de grupo ou ainda a quase proibição de aulas expositivas. Essa carta, depois reenviada digitalmente pelo ME ao Conselho Directivo da minha Escola, com a informação de que não me deveriam dar conhecimento, apresentava sublinhados todos os verbos que recusavam o cumprimento de uma matéria programática absurda que, a meu ver, estupidificava.
Na mesma mensagem, o ME solicitava à Escola que enviasse, no prazo de 48 horas, todas as notas que eu atribuíra aos alunos. Por impossibilidade de o fazer, aceitou o ME que fossem apenas as classificações dos últimos 5 anos. Nada vislumbrando de errado, solicitaram o curriculum, tendo a tentativa de amedrontar ficado por aqui”.

Julgamos que este testemunho chega e sobeja como exemplo dos milhares que poderiam ser dados.
Aconselha-se pois, já agora, “a bem da causa”, a narrativa do escritor russo, protagonizada pela camarada Lídia Gueórguievna.   Armando Palavras

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