BARROSO da FONTE |
Sobre João Santos Fernandes li no posted by
Paulo Salvador que «nasceu em Lisboa, mas esteve em Moçambique, conviveu com o
irmão de Joaquim Chissano, fez parte da Comissão de Extinção da Pide/DGS e
integrou o QG da Nato, em Bruxelas. Esteve ligado aos serviços de informações
secretas. Um coronel que, sabendo mais do que pode contar, revela detalhes da
história que por vezes nos escapam e abre alguns dos dossieres secretos de
Portugal e África».
Este cidadão, com tão relevante percurso
militar, académico, literário e cívico, alertou, por e-mail, os seus confrades
da efeméride que ocorre no dia 13 de Maio. Quando numa comunidade envolvente
como a Lusófona, se respira Portugalidade transversal à Lusofonia, com membros
que se estimam, se respeitam e se revêm nos seus líderes, é prova inequívoca de
que o mérito individual, não é palavra vã. Daí que seja legítimo aproveitar a
coincidência deste aniversário para realçar o simbolismo da data, a partir do
lamiré de um membro que nos convida a «cantar os parabéns a você». Revejo-me na
mensagem recebida e, como não serei capaz de expressar-me tão fielmente, faço
minha, essa mensagem que torno pública, contando com benevolência do confrade
da Fundação Lusíada e da Ordem de Ourique, quando passam os 877 anos da Batalha
do mesmo nome.
«Fazer anos, a 13 de Maio,no 30º
Aniversário da Fundação Lusíada (1986-2016), com vasto trabalho realizado,
publicado, partilhado e interligado com muitas parcerias, protocolos e
partilhas nacionais e estrangeiras, guiando ainda uma Ordem de Ourique já com
15 anos, merece de todos nós uma prenda de grande amizade, reiterando ao Dr.
Abel A.M. de Lacerda Botelho o que já lhe manifestámos de apreço este ano no
Clube Eça de Queiroz.
Ao longo de uma carreira de advogado e de
lavrador do Douro, ora com mais ou menos clientes com causas, ora com mais ou
menos parra com e sem uvas, a sua filantropia e mecenato sem alardo social, a
sua honesta irreverência nas palavras, mais na escrita que na oralidade, mas
sem ressentimentos perante algumas injustiças que lhe tenho visto acontecer,
fizeram-me amigo do «peito» de Abel Lacerda há muitos anos, desejando-lhe,
nesta mensagem e com o augúrio da minha prece, que muitos e longos anos ainda
continue a repartir connosco a seiva que nos tem unido a todos nós, conquanto
oiçamos os seus queixumes que pouco participamos em encontros, pouco cliquemos
os «sítios» da Fundação Lusíada e da Ordem de Ourique, não arregimentemos novos
Membros para perpetuarmos este nosso legado que não pode morrer.
Neste dia 13 de Maio não é de uma prenda
material que este «Patriarca» precisa, mas de uma palavra da nossa parte de
alento, de gratidão e de esperança, dizendo-lhe que estamos presentes, pois,
tendo eu vivido numa guerra e sendo um comandante ainda muito novo em África,
sempre soube que para um ser humano, em momentos onde vacilamos perante um
eventual (mas admissível) devir de vida de incerteza, risco e mudança é na
solidariedade expressiva que a coragem e a esperança residem.
Muitos não puderam ver o brilho e a
alegria do olhar de Abel Lacerda, em Vila de Rei, mas os amigos presentes
sentiram a sua felicidade».
Gratificante lembrança esta do meu confrade da Ordem de Ourique, Cor.
João Santos Fernandes. E honra ao ilustre Transmontano e Duriense Dr. Abel de
Lacerda Botelho que tanto tem pugnado, pela difusão da Portugalidade, ora
servindo-a como miliciano, ora investido, em bens pessoais, em profissionalismo
e em esforço intelectual e físico para engrandecimento dos valores que têm a
ver com o orgulho de ser Português.
Barroso
da Fonte
Sem comentários:
Enviar um comentário