Tínhamos uma certa simpatia pela
bonacheirice do dr. João Soares. Até tinha sido apoiante de António José
Seguro, um tipo decente, bem diferente da tralha que o afastou da actividade politica. Mas qualquer pessoa decente, neste país de corruptos,
sabe bem que o convite de Costa (com a aceitação dos sócios da governação
usurpatória) para que exercesse o cargo da pasta da cultura, não passou de mais
um “tacho” (procedimentos do ADN do PS português e da maralha que o apoia),
que João Soares, sendo outro, dispensaria de bom agrado. Só por vaidade, pois
as reformas disto e daquilo, enchem-lhe bem o bolso e a conta bancária.
Augusto M. Seabra,
cronista do jornal Público, assinou
esta semana um artigo que não abonava ao Ministro da Cultura. No mesmo,
intitulado “Tempo velho' na Cultura", Seabra
escreveu o que todos sabemos: "Que um governante se rodeie de pessoas de
confiança é óbvio. Mas no caso do gabinete de Soares trata-se de uma confraria
de socialistas e maçons". E acrescenta que
o ministro da Cultura "quer dar nas vistas pegando em questões controversas
que se arrastam", apontando como exemplo o caso das obras de Miró. Conclui que "o tão badalado 'tempo novo' é na
cultura apenas o "tempo velho" dos hábitos socialistas".
Seabra
expressou uma opinião pessoal, não mais do que isso. Mais mordaz foi o
Doutor Pulido Valente, num dos seus artigos neste mesmo jornal, à cerca de mês
e meio.
João
Soares não foi de modas. Hoje, na sua página do Facebook reagiu ao artigo de Seabra, mencionando o Doutor Pulido
Valente. Em síntese, prometeu a ambos (a Seabra e a Vasco) umas “salutares
bofetadas”.
Bom,
se a coisa ficasse por aqui … enfim, era mais lambada ou menos lambada – João de
um lado e Seabra e Vasco do outro.
O
pior é que João, na sua página ultrapassou as marcas de quem ocupa o cargo de
Ministro da Cultura. O que ele escreveu sobre Seabra ou Vasco, é fruto da
emoção, não da razão. Apenas insiste nas lambadas. O pior foi o que publicou da
sua “amiga”: "vale o que vale, isto
é: nada vale, pois, o combustível que o faz escrever é o azedume, o álcool e a
consequente degradação cerebral. Eis o verdadeiro vampiro, pois alimenta-se do
trabalho (para ele sempre mau) dos outros."
Há
uns anos, um Ministro da Saúde demitiu-se por ter contado em público uma
anedota. Eram outros tempos. A Ética sobrepunha-se
aos interesses; os valores e os princípios estavam acima dos procedimentos
corruptos de hoje. Naquele tempo entendia-se que o que era “legal” podia não
ser legitimo. Como disse Séneca à cerca de dois milénios: “o que a lei não proíbe,
proíbe a decência”.
O
curioso deste “debate”, é que Seabra pronunciou-se sobre o mesmo dizendo que é
uma atitude inqualificável. Adjectivo também usado pelo porta voz do Partido
Social Democrata (P.S.D.).
O
Doutor Pulido Valente apenas disse que “está à espera das bofetadas”! Armando
Palavras
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