domingo, 13 de março de 2016

Em vez de palácio foi os pasteis de cerveja

Por: Costa Pereira    Portugal, minha terra. 

Na tarde do dia 12,  fui até à zona ocidental de Lisboa na mira de visitar o palácio de Belém, que conheço muito bem, mas onde já não entro portas dentro desde a presidência de Costa Gomes. A noticia, dessa manhã, de que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa abria, nesse sábado, as portas do palácio a quem quisesse lá ir, e de que se disponibilizava para contactar com os visitantes, despertou-me o desejo de ir matar saudades da zona alfacinha que primeiro conheci ao escolher a capital para terra de opção. Não foi tempo perdido, mas entrar no palácio neste dia só quem fosse muito cedo e com tempo disponível e pernas em bom estado para se meter na longa fila e aguardar uma ou duas horas até chegar à entrada.
Passei no autocarro disposto a parar frente aos Jerónimos, mas não sai porque a cauda da bicha quase chegava ali. Continuei e fui até Algés, terra que nestes últimos anos sofreu uma transformação tão marcante que já nem identificar sítios que conhecia bem sou capaz. Ia disposto a tomar um café porém onde o autocarro finda a carreira, não encontrei café .
Como havia tempo e a tarde estava convidativa decidi regressar a Belém para tomar o cafezinho lá. A bicha continuava longa, e tentar entrar no palácio era quase impossível àquela hora. Então nada melhor do que em troca da entrada no palácio, entrar no Pasteis de Cerveja, tomar um café acompanhado do pastel da ordem, e aproveitar para dar uma abraço ao seu proprietário, o amigo Fernando, que já não via há muito tempo, há anos. Situado na Rua de Belém, nº. 15 e 17, os Pasteis de Cerveja são únicos e inconfundíveis, não é o pastel de Belém, mas antes os pasteis  de cerveja. A fábrica abriu em 1943, e eu conheci muito bem o seu fundador, creio que chamado Aníbal, dos pasteis. Também tinha pastelaria na rua da Junqueira. E acompanhado do meu conterrâneo Zé Borges regressar a casa sem ver o palácio, mas com o nosso propósito cumprido e uns pastelinhos para adoçar a boca a quem ficou em casa e não nos quis acompanhar.

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