"The sound of silence"
Assino
por baixo:
"O
silêncio que se abateu sobre a vinda a Portugal do dissidente cubano Guillermo
Fariñas, Prémio Sakharov em 2010, foi ruidoso o suficiente para relembrar a
conivência dos intelectuais com o regime cubano e o fascínio que a ditadura
castrista exerceu sobre eles – e sobre a esquerda que gosta de retratos de
Guevara e que fechou os olhos ao Gulag. Que o governo tenha recusado recebê-lo
são minudências diplomáticas; que o presidente do Parlamento tenha mantido
igual recusa é uma vergonha. Que os intelectuais não tenham tido uma palavra é
o normal, fascinados que são pelas ditaduras dos trópicos. A prova é a mordaça
em redor da Venezuela, onde uma ditadura neurótica mantém na prisão o líder da
oposição e se dá ao luxo de nomear um parlamento próprio para substituir o
eleito. Calados, imunes e sem vergonha."
De
Francisco José Viegas, aqui.
E
canto com Simon & Garfunkel:
"And
in the naked light I saw
Ten
thousand people, maybe more.
People
talking without speaking,
People
hearing without listening,
People
writing songs that voices never share
And
no one dared
Disturb
the sound of silence.
"Fools,"
said I, "You do not know.
Silence
like a cancer grows.
Hear
my words that I might teach you.
Take
my arms that I might reach you."
But
my words like silent raindrops fell
And
echoed in the wells of silence."
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