segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Museu de New Bedford celebra obra “Moby Dick” em português


Legado marítimo açoriano homenageado

O Museu da Baleação de New Bedford vai celebrar o 20º aniversário da leitura pública da obra “Moby Dick” com uma versão em português. A mini-maratona decorrerá no dia 9 de Janeiro e terá uma duração de quatro horas.
A versão encurtada do clássico de Herman Melville foi escrita por Tiago Patrício, escritor e poeta português.
A leitura desse texto - uma organização conjunta com o Consulado Português em New Bedford, o The ArteInstitute, os departamentos de estudos portugueses das Bridgewater State University, Bristol Community College, Rhode Island College, Brown University, Univ. Mass Dartmouth e da PALCUS - tem início pelas três horas, terminando às sete. Cada leitor pode ler entre três a cinco minutos do texto em causa. Não há limite de idade de participação.
Segundo a PALCUS, aliás, a leitura em português pretende destacar o papel dos portugueses – sobretudo açorianos - no desenvolvimento da América no século XIX através da baleação, do comércio marítimo e das muitas comunidades que se estabeleceram no mundo.
A própria obra de Herman Melville chama a atenção para essa influência. No “MobyDick” descobre-se, na tripulação do navio, Daniel, um marinheiro açoriano, da ilha do Corvo, sendo que Herman Melville esclarece que “não poucos destes caçadores de baleias são originários dos Açores, onde as naus de Nantucket que se dirigem amares distantes atracam, frequentemente, para aumentara tripulação com os corajosos camponeses destas costas rochosas”. “Não se sabe bem porquê, mas a verdade é que os ilhéus são os melhores caçadores de baleias”,adianta, ainda, o autor.
A par da mini-maratona de leitura em português, o Museu da Baleação de New Bedford mantém a leitura pública de 25 horas do livro de Herman Melville.
Decorre, ao mesmo tempo, a exposição “Oásis”, de Nuno Sá, fotógrafo da vida marinha que está radicado nos Açores.
Foi na cidade de Fairhaven, no Estado de Massachusetts, que Herman Melville embarcou numa baleeira no dia 3 de Janeiro de 1841. O escritor viveu 18 meses no Acushnet, o navio do capitão Valentine Peas eJr. e foi essa experiência que alimentou as minuciosas descrições publicadas em 1851.
“Moby Dick” fala sobre um cachalote enfurecido que trava uma batalha com os baleeiros. CA/DI


Correio dos  Açores, 3 de Janeiro de 2016

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