Nestes últimos anos, o mês de Janeiro
tem-me dado fortes desgostos. Foi há dois anos, com a noticia que recordo em
Falar disto e daquilo, de 13/12/14, deste modo: “No primeiro dia de Ano Novo, 1
de Janeiro, deste 2014, ia da Bajouca para Minde quando nas proximidades de
Leiria o meu telemóvel deu sinal que alguém me queria falar. Atendi e não
demorou que viesse a triste noticia: Faleceu o senhor D. Joaquim Gonçalves!”.
Este ano também, logo pela manhã, em
Domingo de Reis, recebo a triste noticia que de pronto divulguei no Facebook,
às 11h16: “ Está de pesado luto o concelho de Mondim de Basto, mormente a
freguesia de Vilar de Ferreiros que ele paroquiou durante meio século. Acaba de falecer o Sr.
Padre Guedes, o padre da Senhora da Graça”.
Mas
não fica por aqui, em 2015 foi uma cunhada que também a 02 de Janeiro deixou o
Casal dos Afonsos (Bajouca-Leiria) e que muito a estimava. Dela divulguei logo
no dia 03, em Falar disto e daquilo, a noticia: “Foi hoje a sepultar no
cemitério da Bajouca, a bajouquense senhora D. Beatriz dos Prazeres Pedrosa,
viúva de José Afonso e mãe de Maria José, João, José Carlos, Maria dos Anjos,
Raul, Maria Helena, Irene, Maria dos Prazeres, Jorge, Maria da Conceição, e
ainda de Isabel e Francisco Pedrosa Afonso, já falecidos”.
Isto para documentar que de facto tenho
razão ao me queixar do mês de Janeiro, pois que neste aspeto tem sido muito
rude para comigo. E se desço mais atrás, ao ano de 1968, ali vou dar com a
perda de outro grande amigo e insigne conterrâneo meu, o Abade Miranda, padre
Manuel António de Morais Miranda, de quem o autor de A Ermida do Monte Farinha,
o Dr. Primo Casal Pelayo, na página 103, escreveu : ” Esperava eu de Deus a alegria de lhe poder
entregar pessoalmente um volume desta monografia. A dura doença que o
atormentou já, o não permitiu, pois que o quis ceifar naquele fatídico dia 09
de Janeiro, pelas 14 horas e trinta minutos “. Já todas estas almas partiram à
minha frente, mas deixaram parte de si no meu coração, motivo porque as recordo
com saudade neste Janeiro de 2016.
Mais ainda porque estou recordando um
Abade Miranda, que foi origem do meu
empenho na defesa dos direitos de Vilar de Ferreiros na Senhora da Graça; de um
Dr. Primo Pelayo que generosamente defendeu essa causa; de um bispo, como D.
Joaquim que mereceu o cognome de “O Bispo da Senhora da Graça”; e de um
sacerdote, como o padre Manuel Guedes, que auxiliado pelo saudoso Sr. Manuel
Lopes - e pelo ainda muito activo Mário Borges Lopes- na paroquia e no
Santuário de NS da Graça deixou obra de realce. Nomes a perpetuar e por isso de
gravar, senão em ouro, que pelos menos seja em bronze do utilizado nas sineiras
das grandes catedrais. Assim o merece quem em vida zelou e generosamente serviu
aquele famoso santuário e em particular a freguesia de Vilar de Ferreiros. São
estes alguns dos verdadeiros amigos do Monte Farinha que o Janeiro ceifou.
Sem comentários:
Enviar um comentário