terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Henrique Neto fala de um "certo amiguismo" no novo Governo do PS



"O novo Governo mostra aquilo que tem sido a política portuguesa ao longo dos últimos anos, que é um certo amiguismo, relações pessoais, familiares e de negócios transpostas para a governação. Até nas pessoas. Algumas delas que estiveram na condução do país para a situação catastrófica do endividamento", disse Henrique Neto, em Lisboa.
O candidato a Belém apresentou, esta tarde, um estudo intitulado "Destruição de riqueza em Portugal nas últimas duas décadas: 1995-2014", de acordo com o qual, nos últimos 20 anos, Portugal terá "destruído, desperdiçado ou aplicado mal uma riqueza que se pode estimar entre os 150 e os 200 mil milhões de euros".
Segundo o candidato presidencial, citando o estudo, o "esbanjamento" deveu-se, em grande parte, ao "enriquecimento de pessoas ligadas ao sistema político", falando mesmo de uma "corrupção profunda".
Nesse sentido, Henrique Neto considera que "este conluio, esta aliança entre a política e os negócios, não mostra sinais de mudança", o que o leva a mostrar muitas reservas em relação ao novo executivo, mas também em relação à ligação entre os partidos aos candidatos presidenciais.
"Marcelo Rebelo de Sousa é o candidato da direita, Sampaio da Nóvoa é de uma fação do PS e Maria de Belém é de outra fação do PS. Claro que isso não invalida que todos se reivindiquem de independentes, mas é pena que não o tenham dito antes, como no tempo de José Sócrates ou no tempo de outros acidentes que nos conduziram a isto".
Antes, já Ventura Leite, antigo deputado do PS e autor do estudo sobre a destruição de riqueza no país, tinha sublinhando que a "riqueza desperdiçada", afirmou que, caso "o investimento tivesse sido bem aplicado", o país "teria sido muito diferente".
"Não era possível, com políticos medíocres, Portugal ter este esbanjamento. Aquilo que explica o descalabro é que alguém teve de intervir neste processo com interesses. Os políticos tiveram de intervir com negócios. Este descalabro não é obra do acaso nem uma fatalidade, é produto de uma coligação clara entre política e negócios", disse.

     Fonte: Noticias ao minuto          
            

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