sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A governação que aí vem


O governo ontem empossado não trás novidade alguma. Três ou quatro dinossauros da era Sócrates (o que por si só deixa adivinhar uma escassa liberdade social); um primo deste, uma filha daquele, o tio desta, e por aí adiante. As famílias do costume. “Recomendáveis”.
Como Sócrates (que levou o país à bancarrota), Costa vai secar tudo à volta. Rei e senhor de uma corte sustentada por uma farsa, delineada por três forças politicas que, universalmente pouco disseram às liberdades individuais (e à liberdade), e num partido que levou o país à bancarrota, à instalação (e promoção) de um caciquismo corrupto nas instituições do Estado e à despromoção de pessoas de mérito que poderiam promover dinâmicas sociais de desenvolvimento.
A memória é curta, talvez o povo precise aprender de vez sobre o inferno que se adivinha.

De Vasco Pulido Valente, sobre o governo costista respigamos: “Entra hoje António Costa, com a esquerda radical arregimentada, à custa de manobras contra Seguro e de uma aliança que não prometeu, nem anunciou, desde que foi “eleito” secretário-geral. Anteontem, este novo patrão (para não lhe chamar coisa pior) anunciou o governo: um governo curioso. Excepto por alguns velhos cavalos de batalha em véspera de reforma, não há nele um único político de nome nacional, já para não falar em prestígio próprio. Ou, por outras palavras, ninguém que se possa opor, até em questões menores, ao dono e senhor de uma tropa desconhecida e fraca. O dr. Costa é omnipotente no PS e arredores, se por acaso o país, como de costume, suportar o vexame; e se o PSD e o CDS não arranjarem maneira de se tornar uma oposição forte e ameaçadora.
A escolha dos srs. ministros, das senhoras ministras, dos 42 Secretários de Estado (e das Sras. Secretárias, claro) obedece a um luminoso critério: são, sem faltar um ou uma, criaturas de Costa. Trabalharam com ele na Justiça, na Administração Interna ou na Câmara de Lisboa; ou foram pescados na província ou no estrangeiro e, tirando um par de “seguristas” e quatro ou cinco antigos protegidos de Sócrates, não têm qualquer ligação aos “notáveis”, nem aos corrilhos do partido. É um grupo pequeno, que serviu para a Assembleia da República, que serve neste momento para nos pastorear e servirá pouco a pouco para transformar o partido socialista no partido costista. Ou seja, num partido mais radical, mais disciplinado e com escasso respeito pela liberdade e pelas liberdades” (Jornal Público, 27/11/2015).

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