Acaba de sair,
com a chancela das Edições Cotovia, o novo livro de contos de A. M. Pires
Cabral, intitulado A navalha de Palaçoulo.
Constituem a
obra dez narrativas, na maioria relativamente breves, cuja acção vai geralmente
avançando em direcção a um desfecho inesperado ou
surpreendente. Os títulos: “Mistérios da polissemia”, “O Poeta”, “A caixa”, “O
preço”, “O meio-termo”, “O cozinheiro calista”, “Um dedo a menos”, “Um tão
longo namoro”, “Uma viagem na Linha do Tua” e o que dá o
título ao livro, e
mais extenso de todos, “A navalha de Palaçoulo”.
Simultaneamente
saiu, também na Cotovia, a segunda edição de O Cónego, romance vencedor
do Grande Prémio de Literatura DST, em 2008, que se encontrava esgotado já há
algum tempo.
Isabel Mateus
(Quintas do Corisco, Moncorvo, 1969) acaba de publicar mais uma novela em que
regressa aos temas campestres: Sultão – O burreco que veio de Miranda.
In: Revista Tellus, nº 62 (Junho de 2015) |
É de alguma forma uma continuação da novela anterior, Farrusco – Um
cão de gado trasmontano, publicada em
2013.
Em ambas se nota a simpatia por dois animais bem
característicos de Trás-os-Montes. No seu mais recente trabalho, Isabel
Mateus conta peripécias centradas em diversos burros,
contribuindo para chamar a atenção para essa espécie
zoológica de grande utilidade nas tarefas rurais, outrora
abundante e de que não restam hoje muitos exemplares, a ponto
de se ter criado em terras de Miranda uma associação, a
AEPGA, que tem por objectivo o seu estudo e protecção.
Tal como no
trabalho anterior, a autora usa uma linguagem despretensiosa mas escorreita, e
demonstra uma notável agilidade narrativa
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