quinta-feira, 25 de junho de 2015

Já lá vão 65…. - Costa Pereira

    
Por: Costa Pereira       Portugal, minha terra.
                                            
Por finais de década de 50 apareceu na região do Coronado, como professor na escola do Outeiro, um celoricense que eu conhecia de Fermil de Basto. Por respeito e na dúvida se era ele ou não, também não me atrevi a ir a falas com ele. Um dia em casa do vigário de São Mamede, Sr. Padre Joaquim de Sousa Ferreira e Silva, dei com ele ali ocupado em frente duma escrivaninha, e sem perguntar nada, vai o Sr. Padre Joaquim e anuncia: “tens aqui um homem da tua terra”. Apresentados que fomos, dai em diante a nossa amizade estreitou-se como de irmãos se tratasse.  Foi um encontro providencial, este com o “Pascoal de Molares”, como era conhecido o Prof. José Lopes, pois deu origem à minha primária licenciatura (4ª. classe) e do convite para iniciar colaboração no extinto Noticias de Basto, ao tempo do tipografo “Sousa”, que gostava mais de abelhas que do Noticias. Resisti ao convite visto que não me sentia atraído por tão interessante meio de ocupar o tempo livre e de servir a sociedade. Mas fui forçado  por ele a entrar no redil, e cá me conservo já lá vão mais de 50 anos! Nessa  ocasião também o vírus da magia me tinha contagiado, e por terras do Coronado e da Maia me tinha tornado conhecido pelo pseudónimo de Jaucop. Foi uma das etapas bonitas da minha vida em que me familiarizei com saudosos amigos e mestres na arte de escrever e dizer, por isso entre os muitos aqui recordo um António Senra, um Afonso Costa e outros que então me animaram a continuar a caminhada, depois de lerem o meu primeiro   arrazoado que intitulei: “RECORDAR É VIVER. E que começava assim:
“É já no próximo dia 4 de Julho que passa mais um aniversário (28) do Ressurgimento para o Céu de D. Bernardo de Vasconcelos.
          “Recordar é viver” disse um certo filósofo; e, a figura de D. Bernardo nunca é demais recordá-la, visto que nos legou exemplos de sublime transcendência moral e espiritual.
           Todas as almas grandes, se tornaram sublimes pelo sacrifício que fizeram de si mesmas a Deus. E, D. Bernardo de Vasconcelos. foi um autêntico holocausto vivo de Sacrifício. o que ele humildemente chamava : “Uma bênção do Céu”
           A sua pequena grande vida, é um livro aberto em  cujas páginas se encontram gravados os mais belos exemplos que devem servir de modelo aos jovens portugueses, a essa mocidade radiante que há-de formar o Portugal de amanhã.
            Compreendendo o alcance das sublimes virtudes de Frei Bernardo, não admiro que a devoção popular lhe haja erigido um altar em seu coração fiel e crente”.



Sem comentários:

Enviar um comentário

As Lições da História

         https://www.editoraself.pt/product/as-licoes-da-historia/