Regisnaldo foi sempre um homem
pacato, educado, trabalhador, honesto, bondoso.
Apesar de tais qualidades, havia
sempre indivíduos que o contrariavam nos seus propósitos, fazendo por vezes
alguns senti-lo diminuído.
Num ambiente hostil, que por
vezes lhe foi criado, , lutou com dificuldades, apoiando sempre as tradições,
como uma escalada para a evolução, não permitindo jamais, que os valores
históricos fossem rasgados, como uma simples folha de papel.
Contra as desordens e as
intrigas; contra aqueles que provocam as guerras, com intenção do aumento do
seu território, ferindo os que amam a sua terra, a sua pátria, a sua nação, a
sua família, procurando intencionalmente, a sua divisão.
Os anos foram passando e as cãs
viam-se, verificando, surgindo no princípio, algumas madeixas e finalmente a
cabeça encheu-se de cabelos brancos, bem como a sua barba e bigode.
Esperando um dia completar a sua
ou suas missões, que lhe foram destinadas, dentro de um final feliz, jamais
aconteceu tal!
Com alguns amigos apenas, lá passava
os seus dias , uns melhores e outros nem tanto.
Com os anos vai perdendo o
movimento, ms ainda com o cérebro saudável, mas já sem forças, por estas lhe
faltarem.
Entrementes, da fraqueza fazia
força, devido à vontade de transpor os obstáculos que lhe iam surgindo, no seu
dia-a dia.
Sem procurar inimizades, seguiu
caminhos que por vezes eram difíceis de trilhar.
Insistiu sempre nesse propósito,
lamentando sempre aqueles que seguiram para a viagem final.
Regisnaldo nunca desejou o mal a
quem quer que fosse.
Somente Deus tem poder para
julgar os vivos e os mortos.
Alguns vivos julgam, dentro de
uma fação, que o seu preponderar na subjugação de outros, é a ação primordial,
não se preocupando com feridas não cicratizáveis, que marcam para sempre o
desgosto e a adversidade de tantos.
Regisnaldo deambulando nos seus
pensamentos e caminhando por lugares nunca vistos, subiu uma escadaria onde
encontrou um grande portão.
Ao aproximar-se um guardião, com
uma capa vermelha, fina e brilhante, reconhecendo-o disse-lhe:
- Eu conheço-te Regisnaldo!
Conheço o teu passado, os teus
exemplos em vida e por tais, mereces estar entre os bons.
- Por isso, vou dar-te estes
conselhos:
Segues sempre por esta estrada
principal, que vai para o norte.
Para Leste há um rio e para Oeste
há outro rio, ambos ladeados por caminhos que se encontram inferiores à estrada
principal e, por esse facto inacessíveis à via mais importante. Muitas pessoas
encontras nesses dois caminhos, ouvindo tu as suas vozes, sendo algumas do teu
conhecimento e que te chamam.
Não te deves aproximar delas,
pois, caso contrário, ficarás lá preso para todo o sempre!
Assim sucedeu e Regisnaldo olhou
para o lado direito e lado esquerdo, conhecendo algumas pessoasa que pediram a
Regisnaldo que se aproximasse.
Porém, Regisnaldo olhndo para um
lado e para outro viu os dois rios que terminavam à entrada do portão e
desciam por desfiladeiros a toda a velocidade, indo, lá bem ao fundo por duas
cavernas entrando no subsolo.
Mais surpreendeu Regisnaldo que
em cada lado se encontravam fogos e que o excesso de calor, aquecia os dois
rios que provocavam vapores que prejudicavam a visão, pois a visibilidade era
curta.
Porém, Regisnaldo não fez caso e
seguiu o caminho que o guardião, que se chamava Iterias lhe havia indicado.
Assim chegou a um portão todo
dourado que se abriu de par em par, para receber Regisnaldo.
Anjos cercaram Regisnaldo e
disseram-lhe:
- Chegaste à Eternidade, pois ultrapassaste os óbices que surgiram na tua vida, até à tua morte!
Sílvio Teixeira
LAR IMACULADA CONCEIÇÃOI
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