Por: Costa Pereira
No mesmo dia, marcou a Carris uma greve de 24 horas, mas que o Tribunal
Arbitral do Conselho Económico e Social, decretou serviços mínimos. Tudo muito
bem só que esta balbúrdia laboral só dá do país uma péssima imagem e os
prejudicados são os portugueses. Notei isso na gare do Metro de São Sebastião
com muitos estrangeiros carregados de bagagem à espera de transporte. Mas o
curioso é que nem greve existiu, tanto o Metro, como a Carris
funcionaram, apenas serviram mal. Dai que só pelo transtorno que fizeram aos
utentes habituais e mau nome que dão pais, era muito bem feito que as empresas
empregadoras não pagassem o dia aos promotores de fracassos destes. Só a quem
trabalha e deixa trabalhar. Foi um dia politizado, em que também no Largo do
Rato, António Costa recebeu as Centrais Sindicais para lhes falar das medidas
macroeconómicas que o PS se propõe apresentar aos portugueses. E o qual recebeu
já por parte do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, uma critica arrasadora.
Alega “que o programa económico socialista contém vários riscos, podendo
transformar-se num novo memorando de entendimento. Em abono do PS, há coerência
num ponto, ironizou Portas: "O PS à
troika nos levou uma vez e, se lhe déssemos novo mandato, à troika nos levaria
uma segunda vez". A verdade para já é que nem as centrais
sindicais estão confiantes e ao
que parece nem mesmo dentro do PS existe consenso. Quanto à “CGTP diz que
o cenário macroeconómico apresentado pelo PS não é uma alternativa
à actual política de Direita. Arménio Carlos diz que pequenos ajustamentos
não chegam”. Por parte da UGT, Carlos Silva “deixou
"alertas" ao PS sobre o seu cenário macroeconómico, designadamente em
matéria de legislação laboral, e advertiu que a reforma da Segurança Social não
pode ser feita com o ruído de uma campanha eleitoral”. Com armas não
se brinca….
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