segunda-feira, 9 de março de 2015

Das palavras do Presidente da República às dos comentadores




O que o Presidente da República disse na sua intervenção, a sete de Março, sobre o “caso” das “dividas” do Primeiro-ministro à Segurança Social, foi o óbvio. Em sintese, disse que o que estava em causa eram as jogadas politicas em periodo de campanha pré eleitoral.
Dois comentadores da área social democrata, Luis Marques Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa, nos seus programas de comentário, vieram criticar a forma como o Presidente abordou a questão. Marques Mendes não teria dito da mesma maneira e Marcelo insistiu no esvasiamento do cargo presidencial.
O presidente interveio na altura certa, anulando qualquer tentativa de demissão do primeiro-ministro, na medida em que o “caso” o não justificaria. Por várias razões: Nem o “caso” é eticamente reprovável (porque a divida foi paga, ou seja, foi corrigido o erro,  e um lapso – ou dificuldade monetária – só os tontos o não têm), nem o país aguentaria essa demissão, depois de  três anos a tentar sair da bancarrota a que os “socialistas” de José Sócrates o levaram.
Mas a critica destes dois comentadores (que contribui para manter os do costume) não se deve ao que o presidente disse sobre o jogo politico. Deve-se à subtileza do Chefe de Estado ter mencionado, na intervenção, a forma como agem os comentadores, que têm como oficio o comentário.
Quanto ao “caso” do Primeiro-ministro, brevemente nos pronunciaremos, quando a poeira pousar.



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