Um país
que ainda se rege por “leis” promulgadas por um ex primeiro-ministro detido
pela Justiça e por uma ministra condenada pela mesma a três anos e meio de pena
suspensa por nepotismo, não pode ir longe. Mais grave ainda é esta maioria que
nos governa sabê-lo e nada fazer para modificar o status quo. Nada que nos traga grande admiração, na medida em que
excluindo o Primeiro-ministro e quatro ou cinco ministros e secretários de
estado (e de certa forma o vice primeiro-ministro), os restantes elementos do
governo são meninos de coro comparados com a tralha que nos levou à bancarrota.
José
Sócrates e a sua camarilha são a prefiguração de um desastre de décadas para o
país. Levaram a Nação à bancarrota, por puro nepotismo, promulgando
“leis” estapafúrdias que apenas favoreceram amigos e familiares. É triste
dizê-lo, mas os processos utilizados por essa “governação” só têm paralelo nas
governações estalinista e nacional-socialista. E, como estas,
também aquela foi manipulada, escondendo ao povo, através dos interesses
(fossem de que ideologia fossem), a verdadeira realidade.
Anarquizar
o sistema, destruindo para reconstruir como bem entendessem com uma
“legislação” escabrosa, arbitrária que permitia, aos lacaios, prejudicar os que
“não eram da cor”. Pior ainda, os que não eram da sua condição social! Ou seja,
quem lhes podia tolher as patifarias.
Para o
conseguir, havia que dominar os principais ministérios. Que, a seu tempo,
haviam de “legislar” para um grupo de amigos, colocando-os nos departamentos e
nas direcções convenientes.
Maria
de Lurdes Rodrigues, conhecida pelas suas
simpatias anarquistas, em 2007, aniquilou professores específicos (a
quem foi propositadamente, como se fez nos países estalinistas, sonegada
informação através dos lacaios colocados em posições
estratégicas), perseguindo-os (por invidia) com uma “legislação” sem paralelo,
seja em democracia, seja em ditadura, impedindo-os de prosperar, impondo-lhes
critérios de uma mediocridade atroz em termos de progressão na carreira.
Pior que
no tempo do Doutor Salazar como bem recorda o escritor transmontano António
Passos Coelho, no seu romance Caramulo, ao denunciar os processos a que certos intelectuais foram sujeitos.
Foi-lhes
retirada uma bonificação para a qual investiram tempo, dinheiro e trabalho
durante três anos! E de seguida, sem escrúpulos, repetiu-se a dose para
os que fizeram o mesmo investimento durante cinco anos! Razão tinha
Aristóteles. O filósofo que influenciou o pensamento europeu durante 1500 anos,
a dado passo dizia que todos os homens são criados desiguais e as classes
superiores rebelar-se-ão de imediato se uma igualdade não natural for forçada.
A
multidão é pateta. A austeridade foi
muita. E há-de ser muita mais, vá para o governo quem for em Outubro deste ano.
Queira ou não queira a multidão, a austeridade está para durar pelo menos duas
décadas! Mas não é com a austeridade que esta maioria vai pagar o preço
respectivo. É com a sua “estupidez”,
ao não corrigir (ministério a ministério, profissional a profissional) aquilo
que esses escroques fizeram. Como diria Kant, fazer o que está certo, ou como
propõe Stuart Mill (Da Liberdade), emendar o erro para não prejudicar
terceiros. Como, em Portugal, fizeram Francisco Sá Carneiro e Cavaco
Silva.
Importa
assim perguntar: Que razões
“supremas” levam um país a ser governado por “leis” que foram promulgadas por
um ex primeiro-ministro preso e por uma ex ministra condenada pela Justiça? Talvez as mesmas que encaminharam o país para o abismo! -
Bancarrota.
Armando Palavras
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