quinta-feira, 26 de março de 2015

A Autoridade Tributária e as listas vips.

                     Capone quando foi detido                            José Sócrates quando foi detido

Eliot Ness

Quando Al Capone, em Junho de 1931, foi formalmente acusado de fuga aos impostos e em Outubro desse ano foi considerado culpado e condenado a 11 anos de prisão, há anos que andava a ser acossado por William McSwiggen, promotor da Justiça, mas sem resultados. O FBI consciente de que era impossível acusá-lo de qualquer dos seus crimes violentos toma a decisão engenhosa de o acusar de falta de pagamento de impostos. O governo federal nomeou um funcionário da Tesouraria, Eliot Ness, e uma equipa de agentes escolhidos a dedo para perseguirem “Al”.
Foram estes “intocáveis” que o enviaram para a penitenciária de Atlanta. Em 1934 foi transferido para Alcatraz. Em 1939 foi libertado (antes de terminar a pena). Uma sombra daquilo que tinha sido, retirou-se para uma vida de obscuridade, acabando por morrer de sífilis em 1947, completamente esquecido.
OS "INTOCÁVEIS"
Ressalvando as devidas distâncias, com José Sócrates aconteceu o mesmo. Não foi a polícia que o prendeu, foi a Autoridade Tributária que o mandou direitinho à equipa de magistrados liderada pelos juízes Carlos Alexandre e Rosado Teixeira – gente com carácter.
Não é pois de admirar que num país como Portugal, onde predomina o caciquismo e o nepotismo, se não tenha tentado desacreditar quem prendeu o cavalheiro. O povo já percebeu isto, o resto (listas vips, e por aí adiante) é folclore.

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