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Mais antigo fragmento do Novo Testamento terá estado escondido numa múmia
O episódio parece ter sido feito à medida de uma cadeira sobre ética e
património, concebido como hipótese de estudo para levar os alunos a
debaterem os limites da investigação e da intervenção em laboratório.
Mas não foi. O secretismo que envolve a descoberta daquele que está a
ser apresentado como o mais antigo fragmento do Novo Testamento numa
máscara funerária egípcia tem ajudado a alimentar o clima de suspeição à
volta do trabalho de uma equipa da Universidade de Acadia, no Canadá,
deixando a comunidade científica cada vez mais céptica.
Dizem os especialistas liderados pelo biblista
Craig Evans que o excerto do texto, escrito num papiro que, como tantos
outros, foi reutilizado para construir a referida máscara, pertence ao
evangelho de Marcos e que será uma cópia anterior ao ano 90. A
confirmar-se o conteúdo do fragmento e a datação, tratar-se-á de um
texto escrito apenas 60 anos depois da morte de Jesus. Até aqui, a cópia
mais antiga de um evangelho, com autenticidade confirmada, data do
século II (chamam-lhe o Papiro 52, contém um excerto do relato de S.
João e pertence à biblioteca John Rylands, de Manchester, escreve o
diário espanhol ABC).
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