Iniciava com os números de um a cem. Continuava com as ordens e
classes, as quatro fundamentais operações, explicava a prova dos nove, passava
pelos numerais, e ia por aí adiante terminando nos dez mandamentos do bom
aluno.
Não havia ninguém dessa geração que não soubesse traulitar
o conteúdo do livrinho. E a que propósito trouxemos o livrinho à baila? A
propósito dos numerais e dos professores.
A qualquer momento nos órgãos de comunicação social (cujos quadros
possuem habilitações ao nível de licenciatura, ou mais) ouvimos algo como isto:
fulano tal “chegou à meta no lugar 32”, ou “a atleta ... terminou a prova no
lugar 55”, ou melhor ainda, a respeito do antigo primeiro-ministro José
Sócrates, “o preso nº 44 de Évora”.
O que nos ensina o livrinho do ratinho é o seguinte: Os numerais
dividem-se em Cardinais, Ordinais, Proporcionais ou Multiplicativos. E dá
exemplos. A propósito do “ preso nº 44 de Évora”, deve dizer-se, diz-nos o
livrinho, “ o preso quadragésimo quarto de Évora”. Porque é um numeral
ordinal (que diz respeito à ordem ou posição numa série numérica). Isto é
elementar!
Perante isto, pergunta-se: Que forças “obscuras” estiveram por
trás da perseguição a professores especificos?
A elas voltaremos.
Armando Palavras
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