Barroso da Fonte |
Dia 24 de Janeirfo foi um dia
soalheiro e os telespectadores vibraram com mais esta «Feira do pecado». Entre
5 e 8 próximos será em Vinhais, o palco dessoutro S. João das chouriças. Tudo
isto é louvável e benéfico. Trás-os-Montes merece. As televisões prestam bons
serviços. Mas todos os artistas devem
ter as mesmas oportunidades mediáticas. Quim Barreiros já não deve
precisar. E a mensagem que repete, por cada espectáculo que dá, já cheira a
gato morto.
Volto a Guimarães e retomo a celebração dos 40
anos de pintura de Graça Morais. Entendo que já não devo perder tempo com
relatos políticos, com recados mais ou
menos moralistas, com piadas a este ou àquele porque, quanto mais se mexe na
lama mais minhocas se aparecem.
Ocorre-me falar de gente viva e
ativa que gera, cria e produz. Firmes no futuro, devemos apostar nos criativos,
nos produtores, naqueles que executam primeiro e falam depois. São poucos, cada
vez menos, os artistas que só aparecem depois de provas dadas. Porque há hoje
muitos candidatos a muito poucos tronos.
O desporto tem revelado muitos desses talentos. A política só mostra monos.
Graça Morais encheu-me de orgulho
nesta universidade de antropologia de Guimarães que é a Sociedade Martins
Sarmento. Pintora, das mais conhecidas de que Portugal tem registo, nasceu em
Vieiro, aldeia do concelho de Vila Flor, em 17 de Março de 1948. Em 1972, já
licenciada pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, inicia-se no ensino
público como docente em Educação Visual, em Guimarães. Em Janeiro de 1972 faz a
sua primeira exposição no Museu Alberto Sampaio da cidade Berço. Nasce nesse
ano a filha Joana. Em 1976 vai com a filha e o pai Jaime Silva, para Paris,
como bolseira da Gulbenkian. Aí expõe em 1978 no Centro Culturel Portugais. Regressa
em 1979 e fixa residência em Lisboa. Desde aí não mais parou. Progrediu em
todas as frentes, ora em galerias, ora em entrevistas nos diversos canais
televisivo, ora em debates.
Em 1992 vai ao Japão e visita o
Centro Nacional de Cultura, originando um diário ilustrado com textos de Jorge
Borges e Alberto Vaz de Oliveira. Vai a Nova Iorque e à Alemanha, onde convive
e mostra a sua obra. Em 1993 casa com o
músico Pedro Caldeira Cabral. Dois
artistas que se completam numa vivência que pulveriza de rosmaninho os caminhos
que percorrem. O autor desta nota, na qualidade de conservador e director do
Paço dos Duques de Bragança, teve o ensejo abrir-lhe as Portas desse monumento
e Museu nacional. Aí mostrou do melhor
que tinha. Mário Soares veio de propósito, com grande séquito, ver e propagar
as «vacas loucas» como lhes chamou para parodiar um episódio real dessa época.
Vinte e dois anos depois Guimarães vibrou com a celebração dos 40 anos de
autora. O poeta Carlos Poças Falcão fez um intróito pictórico que abriu
ambiente descontraído e enriquecedor para duas horas de sã convivência. Graça
Morais fez o elogio às mulheres da sua Terra, num tom tão exaltante que me
comoveu.
Jorge Costa,
director do «Centro de Arte Contemporânea Graça Morais», com sede em
Bragança, mostrou, na circunstância, a sua dissertação de mestrado precisamente
sobre: Graça Morais – território da memória. Na contracapa deste
trabalho diz-se que «se trata de um estudo monográfico centrado na obra de
Graça Morais, propondo sobre ela uma abordagem sistematizada e integral da
produção de três décadas, balizada entre os anos de 1980 e 2008».
Gostámos de voltar ao seio da SMS
que desde a morte de Santos Simões até à tomada de posse da actual direcção,
sofreu uma espécie de abalo sísmico. Tudo por causa de um dirigente que nunca
lá deveria ter entrado, nessa qualidade. Esta homenagem a Graça Morais fez
esquecer esse terramoto gestionário que fez tremer os 130 anos da mais sólida
instituição cultural Vimaranense.
Barroso
da Fonte
Comentário deixado em "Tempo Caminhado" (28 de Janeiro,XIV)
Olá caro Dr. Barroso da Fonte,
Muito obrigada pelo texto onde refere a minha Mãe com tanta admiração. Gostava só de corrigir a minha data de nascimento, 1974, que também foi o ano da primeira exposição da Mãe em Guimarães. No diário ilustrado os nomes dos autores são: Jorge Borges de Macedo e Alberto Vaz da Silva.
Um abraço,
Joana Morais
Por interposta pessoa ( a mondinense Drª Maria da Graça), a 31 de Janeiro, "Tempo Caminhado" recebeu (pelo elo de ligação, o nosso Amigo Costa Pereira, também mondinense de gema), uma mensagem de agradecimento do Dr. Barroso da Fonte, que abaixo segue:
Olá caro Dr. Barroso da Fonte,
Muito obrigada pelo texto onde refere a minha Mãe com tanta admiração. Gostava só de corrigir a minha data de nascimento, 1974, que também foi o ano da primeira exposição da Mãe em Guimarães. No diário ilustrado os nomes dos autores são: Jorge Borges de Macedo e Alberto Vaz da Silva.
Um abraço,
Joana Morais
Por interposta pessoa ( a mondinense Drª Maria da Graça), a 31 de Janeiro, "Tempo Caminhado" recebeu (pelo elo de ligação, o nosso Amigo Costa Pereira, também mondinense de gema), uma mensagem de agradecimento do Dr. Barroso da Fonte, que abaixo segue:
Barroso da Fonte |
Maria da Graça:
Fico-lhe muito grato por ter chamado a minha atenção para o e-mail da Drª Joana, Filha da Graça Morais. Ela foi simpática e merecia a minha resposta na primeira pessoa. Mas ñão vi lá o endereço dela e eu - como sempre lhe tenho dito - continuo a ser um zero nestas coisas das netes e internetes.
Queria pedir-lhe desculpa porque, de facto, não fui rigoroso na data do seu nascimento (1974) que coincidiu com a da 1ª exposição da Mãe. Ela é jovem e vê-se nessa juventude e lucidez não cabem mais 2 anos do que aqueles que tem. Na próxima verei se lhos subtraio. Fico-lhe muito grato Maria da Graça por ter chamado a minha atenção para essa mensagem.
De contrário nem eu ficaria a saber que ela se dignou agradecer-me. Bem haja, mais uma vez.
Barroso da Fonte
Olá caro Dr. Barroso da Fonte,
ResponderEliminarMuito obrigada pelo texto onde refere a minha Mãe com tanta admiração. Gostava só de corrigir a minha data de nascimento, 1974, que também foi o ano da primeira exposição da Mãe em Guimarães. No diário ilustrado os nomes dos autores são: Jorge Borges de Macedo e Alberto Vaz da Silva.
Um abraço,
Joana Morais