A
história das subvenções vitalícias para a classe política é conhecida. PS e PSD
introduziram-nas na agenda em 1985. Em 1995 houve uma ligeira alteração, em
2005 rodeou-se o “esquema” e, finalmente em 2014, travou-se o privilégio.
Sorrateiramente,
Couto dos Santos (social democrata !) e José Lello (Socialista !) procuraram
destravar o dito privilégio. Em votação parlamentar a esperteza destas duas
iluminarias esfumou-se. Honra seja feita aos bloquistas (é para isto que serve
uma verdadeira oposição). Os socialistas não foram de modas. Uma sua deputada
acha que o travão a este privilégio é inconstitucional (!) e António Costa
(candidato a primeiro-ministro !) acha que o assunto é delicado. Pior ainda,
concorda com o privilégio!
Os
comentadores e escribas têm referido a imoralidade do privilégio. E para o caso
argumentam com os pensionistas e com a grave situação económica do País
(provocada pela bancarrota socialista). Alguns chamam à colação (e bem) os
princípios republicanos (defendidos tão a peito pelos socialistas, em determinadas
alturas). Nós, alinhando com eles, chamamos ainda os princípios liberais
(defendidos pelo governo) que em tudo desalinham com o dito (privilégio).
Mas a
questão é esta:
O que é
uma subvenção? É um subsídio. Do latim, subventione. De subvenire,
ou seja, “vir em auxilio”. Subsídio é, portanto, um auxilio pecuniário que se dá a uma empresa ou particular. Uma quantia que o
Estado entrega, sem contrapartidas directas (principalmente a empresas e
colectividades).
Será que
algum destes cavalheiros (do dito privilégio) precisam do subsidio? O
que dirão então os milhões de desempregados, as milhares de empresas que foram
à falência, os milhares de funcionários a quem foram extorquidas enormes somas
dos vencimentos (a bem da pátria) e a outros a quem se confiscaram somas
maiores (a bem do país e do bem estar de outros – no tempo de Sócrates, que
ainda se mantêm !)?
A vida,
por vezes, sem razão aparente, torna pobre o que foi rico e vice versa. Se a
algum destes cavalheiros a vida o tornou pobre, que o subsidio lhe seja
atribuído, caso contrário … contem histórias da carochinha a quem as quer
ouvir!
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