sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A praga da «Vespa Asiática»


Jorge Lage
3- A praga da «Vespa Asiática» – Começou a sentir-se a sua presença no Minho e alguns municípios protocolam com as associações florestais formas de as dizimar com a queima dos ninhos. Outros municípios fingem que não há nada no seu termo. Neste momento já está referenciada no concelho de Ribeira de Pena, isto é, começou a entrar em Trás-os-Montes e os apicultores devem ficar preocupados. A Vespa «Velutina Nigrithorax» desenvolve-se anualmente e em dois tempos. A Rainha fundadora, entre Janeiro e Fevereiro inicia a construção do ninho primário do tamanho de duas bolas de ténis, que alberga algumas obreiras. Na Primavera a colónia aumenta e abandonam o ninho primário, construindo um ninho secundário (pode atingir 1 m x 0,80 m) com uma grande colónia de obreiras. Os ataques às colmeias é feito no Verão e no Outono ameno. Com o frio, as rainhas, depois de fecundadas, hibernam no solo para aparecerem multiplicadas no ano seguinte. O instinto predador é tal que uma só Vespa Asiática é capaz de dizimar as abelhas de uma colmeia em dois dias. Uma picada provoca uma dor muito forte durante 48 horas. É assustador, como num curto espaço de tempo podem causar tamanha destruição. Esta tarefa ciclópica exige esforços concertados de associações de apicultores, municípios e serviços públicos agrícolas. Estes já deviam ter gizado um plano de acção. O combate terá de ser maior do que o que vai requerer o controlo da «Vespa das Galhas do Castanheiro». Sem abelhas perdemos centenas de toneladas de mel e a polinização das fruteiras. Pode ficar em causa parte da produção agro-alimentar.



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