Jorge Lage |
3- A praga
da «Vespa Asiática» – Começou a sentir-se a sua presença no Minho e alguns
municípios protocolam com as associações florestais formas de as dizimar com a
queima dos ninhos. Outros municípios fingem que não há nada no seu termo. Neste
momento já está referenciada no concelho de Ribeira de Pena, isto é, começou a
entrar em Trás-os-Montes e os apicultores devem ficar preocupados. A Vespa «Velutina
Nigrithorax» desenvolve-se
anualmente e em dois tempos. A Rainha fundadora, entre Janeiro e Fevereiro
inicia a construção do ninho primário do tamanho de duas bolas de ténis, que
alberga algumas obreiras. Na Primavera a colónia aumenta e abandonam o ninho
primário, construindo um ninho secundário (pode atingir 1 m x 0,80 m) com uma grande
colónia de obreiras. Os ataques às colmeias é feito no Verão e no Outono ameno.
Com o frio, as rainhas, depois de fecundadas, hibernam no solo para aparecerem
multiplicadas no ano seguinte. O instinto predador é tal que uma só Vespa
Asiática é capaz de dizimar as abelhas de uma colmeia em dois dias. Uma picada
provoca uma dor muito forte durante 48 horas. É assustador, como num curto
espaço de tempo podem causar tamanha destruição. Esta tarefa ciclópica exige
esforços concertados de associações de apicultores, municípios e serviços
públicos agrícolas. Estes já deviam ter gizado um plano de acção. O combate
terá de ser maior do que o que vai requerer o controlo da «Vespa das Galhas do
Castanheiro». Sem abelhas perdemos centenas de toneladas de mel e a polinização
das fruteiras. Pode ficar em causa parte da produção agro-alimentar.
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