De novo a ver navios.....
Por: Costa Pereira Portugal, minha terra. |
Uma noticia que li no Metro, de
Quinta-feira, 24 de Julho, tinha como cabeçalho o titulo: Moçambique - China a
destruir florestas tropicais.
E o texto dava conta: “Quase toda a madeira que a China importa de
Moçambique (93%) advém de abates ilegais, colocando o desbaste nas florestas
para lá dos níveis sustentáveis, informa um relatório da Agencia de
Investigação Ambiental ( EIA, na sigla em inglês). De acordo o relatório,
divulgado por aquela ONG do Reino Unido, a China é a responsável numero um pela
destruição das florestas tropicais em Moçambique e, se os volumes de abate
exclusivo continuarem, as reservas comerciais estarão quase esgotadas nos
próximos 15 anos, avisa-se. A EIA exige ainda suspensão imediata de todas as
exportações de madeira de Moçambique, para garantir que se reúnam condições
sustentáveis para consumo e comercio dos recursos florestais do país”.
Infelizmente tudo isto é verdade, e vem confirmar o que sob o titulo “A
ver navios…” expressei em post de 26 de Julho de 2011, a quando duma estadia
que fiz em Quelimane, uma das regiões mais afetadas por esta praga….e relatei:
“Na pesca uma razoável industria actua na captura de peixe e crustáceos,
destacando-se nessa área o papel predominante de uma conceituada empresa de
produção e exportação de camarão, com fabrica e viveiros na ilha Eracamba,
frente ao Porto de Pesca de Quelimane. Como esta outra das potencialidades
económicas muito importante da região é a madeira das suas matas do interior,
que com as rasteiras e verdejantes plantas do famoso chá de Gurué, e as do
algodão, também junto à costa os extensos palmares, fonte produtora de coco e
copra, que adornam a paisagem a caminho de Niacoadela, são parte do todo que dá
vida e cor a toda uma província que em anfiteatro sobre o Indico encanta e
seduz quem por ali passe. E a propósito de madeiras, recordo uma reportagem que
li, no semanário Savana, do passado dia 8, em que relata o crime de lesa lei
que acoberto de responsáveis políticos, funcionários e autoridades locais se
vem praticando por todo o país, mas com mais evidência no distrito de Mocuba,
onde em particular o pau-ferro, umbila, jambila e chanfuta árvores valiosas e
em extinção que por “pisteiros” identificadas na floresta são abatidas e em
toros transportadas até ao porto donde embarcam rumo à China, deixando a
floresta empobrecida e depenada, com os moçambicanos a ver navios....”
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