Em 1987
os Israelitas preparam-se para comemorar o quadragésimo aniversário da criação
do seu Estado. Em finais de Novembro desse ano, os palestinianos manifestam-se
por um duplo aniversário: os 40 anos de partilha da Palestina e os 20 anos da
ocupação da Jordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém-Leste pelo exército
israelita.
A oito
de Dezembro, um veículo militar israelita choca com um táxi. Nesse desastre
morrem quatro palestinianos. É o rastilho para novos confrontos.
Entretanto,
em 1993, a OLP e Israel encetam seis meses de negociações secretas em Oslo. A
nove e 10 de Setembro desse ano, o conteúdo das cartas entre yasser Arafat e
Itzhak Rabin, é tornado público. As duas cartas assinadas por Arafat reconhecem
“o direito do Estado de Israel a viver em paz e segurança” e comprometem a OLP
a reconhecer as resoluções da ONU sobre a questão. Na resposta, Israel reconhece
a OLP como “ representante do povo palestiniano”, sem nenhuma referência ao
direito dos Palestinianos a um Estado.
Os
acordos de Oslo São assinados. Contudo, os trabalhistas, então no poder no
Estado de Israel, atrasam a conclusão dos mesmos que indicavam um período de
cinco anos.
Quando a
um de Julho de 1994, Arafat é autorizado a pisar solo da Palestina (estava no
exílio), encontra os territórios ocupados numa desgraça. É, então, porque
politicamente enfraquecido, obrigado a vários retrocessos.
Neste
contexto, surgem os chamados acordos “de Oslo II”, em 1995. e surgem acções
armadas dos islâmicos radicais que reavivam a violência da direita extremista
israelita, que, segundo parece, mandou assassinar Itzhak Rabin.
Shimon
Peres, o seu sucessor, confronta-se com uma vaga de atentados do movimento
islâmico Hamas. Em 1996 , Benjamim Netanyahou bloqueia o processo de paz,
acabando por provocar os maiores confrontos desde a primeira Intifada.
O Hamas
vence as eleições legislativas em 2006 e exarceba as tensões. Mesmo antes de
2006, o Hamas começou a construir a rede de túneis, hoje conhecida por todos
(há mais de década e meia). Túneis que ligavam a Faixa de Gaza ao Egipto para
transportar mantimentos e armas. E essa rede subterrânea acabou por chegar a Israel
(que era o principal objectivo), como se viu no caso de 2011 quando um soldado
israelita foi raptado, depois tocado por mais de mil presos palestinianos.
O que é
que se sabe hoje (no actual conflito) sobre esse movimento subterrâneo?
1 -O
Hamas esconde misseis em escolas, como o denunciou a Agência das Nações Unidas
de Assistência aos Refugiados do Próximo Oriente (UNRWA);
2 – O
Hamas usa ambulâncias para ludibriar os soldados israelitas, como já foi
demonstrado em vários vídeos;
3 – O
Hamas usa hospitais como quartéis generais, como foi provado em fotos onde se
notam as espingardas a sair do hospital de Al-Waffa, em Gaza;
4 – O
Hamas usa civis ( entre eles, crianças) como escudos humanos.
Quanto a
Israel, sabe-se que, num gesto humanitário, fez chegar aos cidadãos de Gaza,
até ao dia 26 de Julho (2014), cerca de 2200 toneladas de comida e cerca de 650
mil litros de combustível. Ainda ontem aceitou o pedido internacional de estender o período de cessar fogo, o Hamas, pelo contrário, continuou os bombardeamentos.
Armando
Palavras
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