COSTA PEREIRA Portugal, minha terra. |
"Mais
uma vez o Dia de Portugal vai ser comemorado e efusivamente festejado em todos
os cantos onde existam portugueses de têmpera e que o vírus anti-patriotismo
não conseguiu afectar.
Vila Real vai ser este
ano o fulcro das celebrações da histórica efeméride, o que para nós é motivo de
especial regozijo derivado ao facto do acontecimento pretender mostrar a sua
verdadeira imagem, fugindo para tal dos atoleiros da política oportunista de
modo a reencontrar-se com a realidade patriótica e camoniana. Está portanto de
parabéns a capital da mais generosa e desprezada província deste Jardim á beira
mar plantado e de parabéns estão também todos quantos directa ou indirectamente
permitiram à Princesa do Corgo festejar com honras maiores o Dia de Camões
neste ano de 1979. Bem hajam.
Sejam, pois, bem-vindos
a Trás-os-Montes os ilustres mensageiros do lusitanismo, os senhores do mando e
aqueles que não acreditaram ainda na pureza e na razão do povo transmontano.
Vinde e tomai Camões por conselheiro:
“Vereis amor da pátria,
não movido
do rémio vil, mas alto e
quase eterno;
que não é prémio vil ser
conhecido
por um pregão do ninho
meu paterno.
Ouvi: vereis o nome
engrandecido
daqueles de quem sois
senhor supremo,
e julgareis qual é mais
excelente,
se ser do mundo Rei, se
de tal gente”
Com a nossa
hospitalidade, o nosso bairrismo e a nossa divisa quase josesiana “
Fazer bem sem olhar a quem”, os forasteiros que no dia 1O de Junho visitarem
Vila Real sairão dali convencidos de que Portugal jamais deixará de ser
PORTUGAL, porque se não houver outros, os co-provincianos de Diogo Cão estão
prontos para sozinhos o exigir.
Para finalizar este
apontamento resta-me lamentar que o Dia da Raça não tenha merecido por parte da
Comissão Nacional das Comemorações do ano passado o mesmo critério d’ agora
para com a cidade de Chaves, o que então impediu a gente do Alto Tâmega poder
associar Camões ás celebrações dos XIX séculos da fundação de Aquae Flaviae e
de nessa ocasião Trás-os-Montes se ter mostrado a todo o mundo camoniano”. É prosa, já com 35 anos,
mas sempre atual....
Este ano foi celebrado na Guarda, a cidade
mais alta de Portugal, Silva Peneda como Comissário das Comemorações abriu a
sessão solene em que Cavaco Silva condecorou 38 personalidades entre elas o
mágico Luís de Matos. Oxalá com artes mágicas a coisa vá.
Atentas as três figuras responsáveis pelo
bom funcionamento das instituições publicas e politicas do país, escutam as
palavras certas e acutilantes do orador que frisou bem "Vivemos uma crise
que ainda não tem solução". Assim não pensam os opositores ao Governo que
partidários da bagunça se fingem defensores dos mais carenciados para defender
os seus chorudos vencimentos. Ninguém com cabeça pensadora, acredita que sejam
os pobres desempregados, a dar-se ao luxo de aparecerem onde quer que vá o
Primeiro Ministro ou o Presidente da Republica com arruadas e exigências que a
situação económica de Portugal não permite satisfazer.
A esposa do Primeiro Ministro, Laura
Garcês Ferreira e a Primeira Dama, Dr.ª. Maria Cavaco Silva, na plateia, também
atentas ao que dos maridos dizem e eles com paciência escutam, quando não são
intervenientes.
Foi um dia de festa que para o Presidente
da Republica, Dr. Cavaco Silva, nunca mais vai esquecer e certamente também os
profissionais de manifestações itinerantes não, uma vez que foram admoestados
pelo Chefe do Estado Maior do Forças Armadas, e com razão.
Terminado o discurso de abertura, que
rodeado das figuras mais representativas do Estado, Cavaco Silva ouviu
atentamente, foi a sua vez de retomar a palavra que os opositor ao Governo
entendem nunca concordar, e os que tem a responsabilidade de cumprir acordos e
tapar os buracos que outros abriram, se não inteiramente satisfeitos, lá vão
tendo um Presidente e Portugal um Governo que se diz apostado em recuperar a
economia nacional e a respeitar os compromissos internacionais.
Já recomposto da indisposição que sentiu
ao iniciar o seu discurso, o senhor Presidente da República falou, mas como é
natural não é fácil convencer todos quantos querem dar a sua opinião. E se é
certo que com palavras não se resolvem os problemas, muito menos com promessas
e facilitismos, que foram a causa do desastre que se abateu sobre Portugal, e
que todos estamos a pagar caro. E como ninguém gosta de perder privilégios, vai
de atacar quem está ao leme, hoje é o Passos e o Cavaco, amanhã é o Seguro ou
Costa. Quem não tem não pode dar. A Guarda esteve em festa, festa merecida que
se não fosse os bota a baixo, teria muito mais brilho e significado.
Foi mais um 10 de Junho que encerrou com o
Hino Nacional cantado por este excelente coro e todos os participantes em pé a
cantar também.
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