Se não fosse a distância, e tempo
já programado para outro fim, bem gosto fazia em estar presente no lançamento
deste minucioso trabalho bibliográfico sobre Padornelo, da autoria do
conceituado historiógrafo Jofre de Lima Monteiro Alves. Estudioso fecundo que
alimenta blogs como: A ILUMINURA, http://iluminura.blogs.sapo.pt , página
sobre ex-libris e Artes; PADORNELO, http://padornelo.blogs.sapo.pt, blogue
acerca da terra, das pessoas, dos costumes e da História de PADORNELO,
freguesia do concelho de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo; VILA FLOR em Flor, http://vilaflor.blogs.sapo.pt, blogue
acerca de Vila Flor, do Nordeste Transmontano, em parceria com Maria de Fátima
Amaral, Especiosa Sara Monteiro Alves e Ilídio Inocêncio Monteiro Alves. Outro
seu blog dá por Escavar Em Ruínas, onde em post de 01 do corrente mês fez
constar um apreciado comentário ao meu opúsculo Nossa Senhora da Graça - Fé
dos Mareantes. Padornelo vai ficar mais enobrecido, e a etnografia mais rica
com este trabalho histórico - bibliográfico do ilustre minhoto e dilecto
regionalista que por residir fora do seu torrão mais amor lhe tem.
De um dos seus blogs transcrevo
uma oração popular que em criança ouvi e cheguei a memorizar, esqueci-me dela
por isso a recordo agora. Creio que era mais ou menos a mesma versão da que se
reza no Minho; Mondim de Basto só pela margem de um rio é transmontano. Já que
não se vai ao lançamento da obra Padornelo, no
próximo dia 23, vamos ao Padre-Nosso Pequenino.
Versão de Ponte da Barca:
Padre-Nosso Pequenino
Quando Deus era menino
Pôs o pé no altar,
O sanguinho a pingar.
Tem-te, tem-te, Madalena,
Não no queiras alimpar,
Que estas são cinco chagas
Que o Senhor tem pra passar.
E por fim, ainda esta versão minhota, que é,
todavia, muito parecida a uma loa beirã que conheço de ouvido e letra:
Padre-Nosso Pequenino
Quando Deus era menino
Tinha as chaves do Paraíso,
Quem las deu, que las daria,
Foi o filho da Virgem Maria.
Cruz no monte,
Cruz na fonte,
Nunca o Diabo nos encontre
Nem de noite, nem de dia
Nem ao fim do meio-dia.
Já os galos cantam, cantam,
Já os anjos se alevantam,
Já o Senhor vai para a cruz
Para sempre amém, Jesus.
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