sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Nossa Senhora da Graça na Fé dos Mareantes e dos benguelenses

                                                           Acácias Rubras - BENGUELA


Este pequeno volume que aqui se apresenta é de autoria de Costa Pereira, colaborador ininterrupto há cerca de dois anos neste “Tempo Caminhado”.
Nasceu a 6 de Dezembro de 1938, em Vilar de Ferreiros, Mondim de Basto, onde viveu os primeiros anos, repartidos entre a sua terra e Fermil de Basto.
Por volta dos seus 13 ou 14 anos foi para Vila Real onde aprendeu a profissão de barbeiro e nessa profissão trabalhou em terras como VN de Famalicão, Nine, São Mamede do Coronado e Lisboa, onde fixou residência em 1961.
Costa Pereira
 Portugal, minha terra.
Pela mão do seu mestre escola, o publicista celoricense José Lopes, inicia a sua caminhada na comunicação social, com um artigo pulicado no extinto Noticias de Basto, em 25 de Julho de 1960. Depois foi um nunca mais acabar, com colaboração nos mais diverso jornais da Imprensa Não Diária: o Noticias de Chaves, Voz de Trás-os-Montes, A Ordem, Terras de Basto, Monte Farinha, Povo de Basto, Ecos de Belém, Noticias do Bombarral, A Voz de Domingo, O Mensageiro, Elo da Bajouca e outros mais, como o boletim do Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho - Vilar de Ferreiros, de que foi fundador.
Mercê do seu profissionalismo e comportamento no ambiente de trabalho vários são os louvores oficiais que lhe foram conferidos: e por Portaria de 09 de Março de 1998 foi condecorado com a Medalha de D. Afonso Henriques, Patrono do Exército, pelo Chefe do Estado-Maior do Exército.

Neste opúsculo sobre o culto graciano, Costa Pereira dá-nos a conhecer várias facetas do mesmo. E uma delas é o da sua expansão por terras onde a Portugalidade rolou a sua curiosidade, como no caso de Benguela (Angola).
A dado passo, o autor deste volume que sairá a público no dia 22 de Fevereiro (pela chancela da Chiado Editora), diz-nos:” ...um blogue que trata de Nª/Sª da Graça em Manteigas, e no qual fui encontrar explicação para a existência do culto graciano em Benguela que tanto prazer e emoção senti ao encontra-lo a quando de uma visita que ainda há pouco tempo fiz aquela cidade angolana”. E a seguir transcreve o texto de Joaquim Teles Sampaio:

“Nossa Senhora da Graça na cidade de Benguela, Angola

Manteigas teve sempre grande número de emigrantes que se fixaram em Angola, em grupo muito numeroso na zona de Lobito-Benguela. A sua grande devoção a Nossa Senhora da Graça, que levaram da sua terra natal, incentivou-os a construírem uma capela sita num dos flancos da cidade, mais precisamente no Cavaco, em morro sobranceiro à estrada Lobito-Benguela.
8 DE SETEMBRO DE 1960 - IMAGEM DE BENGUELA, 
PRECORRE AS RUAS DE MANTEIGAS
 Imagem de Nossa Sra. da Graça de Benguela | O Blogue dos ...
Encomendaram uma imagem que fosse exatamente o retrato fiel da que se venera em Manteigas e em oito de Setembro de 1960 assistiu-se a uma procissão singular: nela participaram duas imagens iguais de Nossa Senhora da Graça – a de são Pedro de Manteigas e a da reprodução respetiva destinada a Benguela. A segunda deu volta à vila como que a recolher saudações de quem quisesse ser portadora para os manteiguenses de Angola.
A imagem foi solenemente recebida no Lobito, a 21 de Novembro de 1960 e entregue à Comissão representante da Comunidade manteiguense. Lobito, Benguela e Catumbela quiseram que a imagem lhes percorresse as ruas. E só depois recolheu à igreja do Pópulo, em Benguela, até à noite do dia 7 de Dezembro. Nessa tarde foi benzida a capela que toma o nome de Nossa Senhora da Graça e entronizada a respetiva imagem. A própria zona do Cavaco se chama agora “ A Graça”. Ali se celebram em homenagem a Nossa Senhora festejos semelhantes aos de Manteigas.
É hoje uma grande paróquia com um santuário que congrega multidões de fiéis.


Fica assim aqui, um cheirinho do que pode encontrar no volume deste transmontano de Mondim de Basto, que será apresentado ao público no dia 22 de Fevereiro, na Biblioteca de São Lázaro, Rua do Saco, 1, LISBOA.


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