Costa Pereira Portugal, minha terra. |
Por: Costa Pereira
Maputo (25/01/1942) - Lisboa ( 05/01/2014)
De seu nome completo Eusébio da Silva Ferreira, esta famosa figura
do futebol mundial nasceu em Lourenço Marques ( hoje Maputo) a 25 de Janeiro de
1942. Nasceu português e português quis morrer sem no entanto negar a
sua origem moçambicana e amizade aos seus concidadãos.
Para além de futebolista notabilíssimo, o Eusébio, humanamente
falando, foi uma figura que deixou marca na vida social da cidade, pela
humildade e prazer de conviver com todos que dele se aproximavam, sem olhar ao
distintivo que cada um usava na lapela. A sua morte teve bem a prova disso.
Ninguém ligado ao desporto ficou alheio à tristeza de ver partir o
"Pantera Negra". O desejo de antes de ser sepultado dar uma volta ao
estádio do Clube onde se tornou famoso e ajudou a conquistar muitas vitórias,
foi satisfeito e com muita dignidade e empenho, no dia do seu funeral, 6 de
Janeiro. Parabéns ao Benfica.
A mais...., talvez, a descida do Estádio da Luz, onde decorreu o
velório, até aos paços do Concelho, só para se despedir.... dos autarcas
municipais. Há muita forma de fazer política
Após a deslocação pela baixa o corteja regressa agora ao Parque
Marechal Teixeira Rebelo (mais conhecido por Largo da Luz), onde na igreja do
Seminário foi celebrada missa de corpo presente.
Ao acto presidiu o franciscano Padre Melícias.
O Sr. Presidente da Republica e a esposa assistiram à eucaristia e
no fim foram cumprimentar a família desse grande futebolista que muito honrou e
deu fama a Portugal. Deste saudoso futebolista que chegou a Lisboa, nos finais
dos anos 50, publiquei em Tempo Caminhado", de 30
de Outubro de 2012, o que resultou de uma viagem que fiz a Maputo, e relatei: "E
não sendo eu, vermelho, mas azul, sempre tive pelo Eusébio da Silva Ferreira o
maior apreço e admiração, não tivesse sido ele o Pantera Negra que tanto honrou Portugal e
Moçambique, como dos vultos maiores do futebol mundial!!! Por isso é que
concordo com o reparo, do jornalista Marcelino Panguana, quando em jornal de
Moçambique comenta: “Sempre
pensei que a casa do Eusébio fosse diferente de todas as outras casas de
habitantes do Bairro da Mafalala, porque se tratava de um moçambicano cuja
grandeza havia ultrapassado todas as fronteiras. Sempre pensei que a casa do
Eusébio, ou se se preferir, a casa onde ele e mais os outros irmãos vieram ao
mundo, tivesse essa importância que em outros lugares do mundo se outorga às
casas onde nascem as grandes figuras nacionais". Mas, não! Era
barraca e barraca continua.
Foram decretados três dias de luto nacional e já há a garantia que
Eusébio terá um cantinho no Panteão Nacional para perpetuar a sua
memória e fazer parte dos mais notáveis da Pátria de Camões. Do período de internacionalizações,
vale recordar: 64 (16 como capitão). Estreia em Outubro de 1961, no Luxemburgo
(2-4), último jogo em 1973, em Sófia, com a Bulgária (2-2). Marcou 41 golos,
sendo o melhor marcador da Selecção de todos os tempos. Clubes que representou
: «Os Brasileiros», Sporting de Lourenço Marques, Benfica, Boston Tea Men
(Estados Unidos), F.C. Monterrey (Monterrey), Beira Mar, Las Vegas Quicksilvers
(Estados Unidos), União de Tomar e New Jersey Americans (Estados Unidos). Morra
o homem, fique a fama
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